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Leilão de blocos de petróleo na Foz do Amazonas gera polêmica

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) leiloa hoje, 17 de junho, 47 blocos para exploração de petróleo e gás na Bacia da Foz do Amazonas, área de 283 mil km² entre o Amapá e o Pará, abrangendo águas profundas e ultraprofundas da Margem Equatorial brasileira. Considerada uma nova fronteira exploratória com potencial para grandes reservas – apelidada de “novo pré-sal” – a região atrai interesse após descobertas em países vizinhos como Guiana e Suriname.
Entretanto, o leilão enfrenta forte oposição do Ministério Público Federal (MPF), que entrou com ação judicial para sua suspensão. O MPF argumenta que a licitação ocorre sem os estudos ambientais necessários, violando compromissos internacionais e a legislação ambiental brasileira, além de colocar em risco direitos fundamentais. A Petrobras, por sua vez, busca licença ambiental do Ibama para perfurar o bloco FZA-M-59, já adquirido na região.
A exploração na Foz do Amazonas, uma área de alta biodiversidade, gera intenso debate entre setores econômicos, ambientais e comunidades locais, que questionam os potenciais impactos da atividade na região. O leilão, portanto, se apresenta como um ponto crucial de tensão entre desenvolvimento econômico e preservação ambiental.
