CIDADES
Maranhão tem o pior rendimento médio mensal do Brasil; DF lidera ranking dos melhores

Em média, um trabalhador brasileiro recebeu R$ 3.208 por mês, em 2024, segundo levantamento divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quarta-feira, 3. O montante representa um recorde da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, iniciada em 2012. Mas, ao olhar por diferentes recortes, as discrepâncias sociais ficam evidentes, seja por gênero, raça ou localização geográfica.
Os Estados do Nordeste encabeçam o ranking das piores remunerações mensais de todos os trabalhos, intercalando com os vizinhos do Norte.
As pessoas ocupadas nas regiões Nordeste (R$ 2.229) e Norte (R$ 2.450) recebiam, respectivamente, 69,5% e 76,4% do correspondente à média nacional. Maranhão, Ceará e Bahia registraram os menores rendimentos, de R$ 2.051, R$ 2.053 e R$ 2.140, respectivamente.
Já no outro extremo do levantamento, o Distrito Federal registrou o maior rendimento médio, de R$ 5.037, seguido por São Paulo, (R$ 3.884), e Rio de Janeiro (R$ 3.739).
Com relação às outras desigualdades, a Síntese de Indicadores Sociais do IBGE também destaca a diferença de rendimentos entre brancos e pretos ou pardos.
Mesmo entre aqueles que têm o nível superior completo, ou seja, o mesmo nível de formação, a remuneração de brancos é 44,6% maior. Brancos com nível superior ganharam R$ 43,20 por hora trabalhada, enquanto pretos e pardos, R$ 29,90. No geral, a diferença foi de 64% em favor da população branca.
Também há uma grande diferença entre a remuneração média dos homens e das mulheres, em que eles ganharam cerca de R$ 3.533 por mês no ano passado e elas, cerca de R$ 2.778. Apesar das desigualdades se manterem acentuadas, em todos os grupos analisados, houve aumento do rendimento médio real entre 2023 e 2024, assim como em comparação com 2012, início da série histórica.









