CIDADES
Médico acreano leva esperança e cuidado aos desabrigados no Rio Grande do Sul
O médico acreano Thiago Mappes e sua esposa, Pollyana Cavalcante, são profissionais da área da saúde que moram em Santa Catarina há 7 anos. No último final de semana, eles decidiram utilizar sua folga para fazer uma viagem até Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, e prestar atendimento aos moradores que foram afetados pela enchente do Rio Guaíba. Além do casal, outros profissionais da área da saúde também se uniram a essa missão solidária.
Logo após chegarem a Porto Alegre no sábado à noite, eles se reuniram com a equipe responsável pelas ações emergenciais e foram encaminhados a um abrigo onde já começaram a atender as pessoas que se encontravam no local.
O médico relata: “Assim que chegamos, começamos a atender as pessoas que estão abrigadas pela prefeitura de Porto Alegre. Há muitos idosos, pessoas com comorbidades, hipertensão, ferimentos e dores. Temos treinamento em emergência e amanhã (domingo) estaremos atendendo as pessoas nas áreas mais afetadas”.
Thiago é natural de Cruzeiro do Sul e sua esposa é de Mâncio Lima. Ele trabalha no Hospital de Jaguaruna, em Santa Catarina, mas sentiu a necessidade de estender sua ajuda ao Estado vizinho, onde ocorreram 55 mortes e mais de 60 pessoas ainda estão desaparecidas.
“Na cidade onde residimos, Jaguaruna, temos o prazer de conviver com muitos gaúchos. Ao desfrutarmos de um fim de semana de folga, decidimos unir forças em um ato de solidariedade e oferecer nossa ajuda. Juntamente com minha adorável esposa, estendemos o convite à enfermeira Isabel Alves, do SAMU de Tubarão, Santa Catarina, à enfermeira Idailane Barrozo, do SAMU de Braço do Norte-SC, e à ACS Adriana Ricardo. A cena que presenciamos é desoladora, com as cidades da região metropolitana completamente isoladas, vendo prédios governamentais e hospitais sendo tragados pelas águas. Nossa presença será mantida até a quarta-feira, pois compreendemos que, nesses momentos, a solidariedade se converte em uma verdadeira tábua de salvação. Estamos aqui, movidos pela empatia e prontos para contribuir no que for necessário”, compartilha com emoção o médico acreano.