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Megaoperação no Rio de Janeiro resulta em 64 mortos, 81 prisões e apreensão de 93 fuzis

Rio de Janeiro, RJ – Uma megaoperação realizada nos Complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, resultou em 64 mortos – 60 criminosos e 4 policiais –, 81 presos e na apreensão de 93 fuzis. O balanço final foi divulgado na noite desta terça-feira (28) pelo governo do estado.
A Operação Contenção, considerada a maior da história do Rio de Janeiro, envolveu 2.500 policiais civis e militares e foi resultado de mais de um ano de investigação conduzida pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). A ação se concentrou nos complexos do Alemão e da Penha, que reúnem 26 comunidades, e apreendeu mais de meia tonelada de drogas.
O governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, anunciou que solicitou dez vagas para a transferência imediata de lideranças criminosas para presídios federais. “A reação dos criminosos mostra que estamos no caminho certo. O Estado não vai recuar até prender as principais lideranças e devolver a tranquilidade à população. As forças de segurança continuam nas ruas, garantindo a volta para casa e a normalidade da vida dos cidadãos. Nosso compromisso é com a segurança da população e com o enfrentamento das lideranças criminosas”, disse o governador.
Segundo as forças de segurança do Rio de Janeiro, os policiais envolvidos na operação utilizaram câmeras corporais portáteis, seguindo uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
A megaoperação causou impacto em todas as regiões da cidade, com o centro esvaziado em plena hora do rush. Lojas do shopping Rio Sul liberaram funcionários mais cedo, e imagens registraram a Avenida República do Chile, uma importante via na região central, com fluxo inesperado para o horário.
Em fevereiro, a Advocacia-Geral da União (AGU) elaborou um parecer que deu a fundamentação jurídica para as Forças Armadas rejeitarem o pedido do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, para que fossem oferecidos blindados ao estado para serem utilizados na segurança pública. O documento interno do governo federal diz que “tal pedido apenas possui o potencial de se subsumir na hipótese do pedido de atuação das Forças Armadas para a garantia da lei e da ordem”.









