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Miliciano apontado como mandante de invasão a hospital no Rio é morto

Um dos criminosos, apontado como um dos principais responsáveis pela invasão ao Hospital Municipal Pedro II, no Rio de Janeiro, foi morto, afirmou a Polícia Civil neste sábado, 20.
De acordo com o órgão, os milicianos mataram o bandido porque temiam a ação dos policiais. Ele deixaram um colete falsificado da Delegacia de Repressão as Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco), que teria sido usado na ação, próximo ao corpo.
Ao Terra, a Polícia Civil do Rio de Janeiro afirmou que, desde a comunicação da invasão, a 36ª DP (Santa Cruz), vem realizando diligências para identificar e localizar todos os envolvidos. Equipes da Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Baixada Fluminense (DRE-BF) encontraram o cadáver. A Delegacia de Homicídios foi acionada e realizou perícia no local. As investigações seguem para capturar os envolvidos na invasão, bem como os executores do miliciano.
Repercussão da invasão
“Desde o primeiro momento, a Polícia Civil já havia identificado o criminoso. As diligências da DRE-BF estavam no encalço do grupo, que, sabendo estar prestar a ser preso nas próximas horas, decidiu executar um de seus integrantes, na tentativa de evitar um confronto com a polícia. Essa ação não vai interromper a busca incansável de nossas equipes pelos criminosos”, afirma o secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi.
Após o grupo de oito criminosos armados e encapuzados invadir o Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, o secretário de saúde da capital fluminense, Daniel Soranz, classificou a ação como “uma falta de respeito” e disse que o ano de 2025 já teve centenas de casos de interrupções do funcionamento de unidades de saúde municipais por questões de segurança.
“Foi uma situação completamente absurda, uma falta de respeito com os outros pacientes, com os profissionais de saúde, colocando toda a unidade de saúde em risco”, declarou em entrevista à TV Globo na manhã desta quinta-feira, 18, poucas horas após o caso.
O secretário apontou que, na hora da invasão, a unidade realizava atendimentos importantes a pacientes em estado grave. Além disso, Soranz reclamou que a falta de segurança em unidades de saúde no Rio de Janeiro afeta o funcionamento de hospitais com frequência.
“Só este ano, em 516 momentos nossas unidades de saúde tiveram que interromper o funcionamento por questões de segurança pública. A situação da segurança pública no Rio de Janeiro está afetando demais o sistema de saúde e o funcionamento das unidades. Hoje foi o Hospital Pedro II, mas isso é uma situação que vem se repetindo quase todos os dias”, finalizou ao afirmar que pedirá um reforço na segurança da polícia em frente às unidades de saúde de toda cidade.
A Polícia Civil confirmou ao Terra que já iniciou a investigação para apurar a invasão.
Invasão de criminosos a hospital no Rio
Ao chegarem à unidade, os suspeitos renderam um segurança do hospital na entrada da garagem e foram até o centro cirúrgico. Eles buscavam um paciente internado, que havia sido baleado horas antes e teria testemunhado crimes cometidos pelo grupo.
O Terra apurou que ele não estava no centro cirúrgico, mas em outro setor da unidade, mantido sob custódia. Não se sabe se o grupo entrou no hospital para matar ou resgatar o paciente.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que o paciente foi transferido para outra unidade de saúde. A direção dos hospitais solicitou reforço da segurança.
A Polícia Militar foi acionada imediatamente, compareceu ao local e, a pedido da direção, também reforçou a escolta. Apesar do susto, ninguém ficou ferido.
O caso será investigado pela 36ª DP (Santa Cruz). A autoridade policial já instaurou um inquérito para apurar a invasão. Agentes da unidade realizam diligências na manhã desta quinta para identificar e capturar os criminosos.
