Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

CIDADES

MP denuncia empresário acusado de matar gari em Belo Horizonte; órgão diz que homem tentou enganar polícia

Publicado em

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) ofereceu denúncia contra o empresário Renê Júnior, que confessou ter matado o gari Laudemir Fernandes, em 11 de agosto. Em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira, 12, o promotor responsável pelo caso, Cláudio Barros, explicou que foram reunidas provas suficientes para classificar o assassinato de Laudemir como homicídio triplamente qualificado, com três agravantes: motivo fútil, sem chances de defesa da vítima e por ter sido cometido em via pública, em horário de grande movimentação.

O promotor ressaltou que, “para além da prática do homicídio triplamente qualificado, existem outros crimes conexos que são imputados a este denunciado”. São eles:

Continua depois da publicidade

o crime de ameaça que antecede a prática do homicídio,
o crime de porte de arma de fogo, na medida em que momentos antes o acusado deixa a sua residência em poder de uma arma de fogo calibre .380, sem ter autorização legal

e o contato com sua esposa com o nítido propósito de induzir em erro a perícia, de modo que pediu que se procedesse a entrega não da arma de fogo utilizada, calibre .380, mas sim uma outra arma que também era de propriedade de sua mulher, calibre .9 milímetros.
“Entendemos que há a tentativa de fraude processual”, afirma.

Continua depois da publicidade

O promotor faz referência ao fato de Renê ter pedido ajuda à esposa, a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira, que foi indiciada pela Corregedoria da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) por prevaricação e pela polícia por porte ilegal de arma de fogo, por ter emprestado a pistola usada por Renê.

Ela, no entanto, não será denunciada pela promotoria. Isso porque, as penas para os crimes dos quais a delegada é suspeita de ter cometido, se somadas seriam menores do que quatro anos, o que permite a instituição de um acordo de não persecução penal (ANPP).

Barros explica que, nesse caso, se a parte investigada confessar o crime, ela evita que seja processada criminalmente. A penalidade previstas em lei para quem firma o acordo são prestação de serviços públicos ou pagamento de multa.

Continua depois da publicidade

“Se for o caso, fará a proposta do acordo de não persecução penal, desde que estejam preenchidos os requisitos para tanto, dentre eles a necessária confissão por parte do destinatário do benefício”, completou.

Segundo o promotor, uma decisão judicial sobre o caso deve ocorrer em até um ano. “Acredito que, talvez, em menos de um ano, nós possamos ter talvez uma decisão de pronúncia, se houver prova para tanto”, finalizou.

Continua depois da publicidade

Relembre o crime

A delegada Ana Paula Lamego Balbino, esposa do empresário Renê Nogueira Júnior, está afastada de suas funções na Polícia Civil de Minas Gerais por 60 dias, para tratamento de saúde. A licença médica foi publicada em Diário Oficial nesta semana, mas teve início no dia 13 de agosto, dois dias após o crime.

Renê confessou, no dia 18 deste mês, ter matado o gari Laudemir Fernandes durante uma discussão de trânsito, em Belo Horizonte. Ele usava a arma da esposa. Segundo a Polícia Civil, a arma de fogo em questão era de uso particular e não estava vinculada à instituição.

Continua depois da publicidade

Renê da Silva Nogueira Junior foi preso em flagrante no dia 11 de agosto, em uma academia de Belo Horizonte. Por volta das 9h daquele dia, no bairro Vista Alegre, a Polícia Militar foi acionada para atender a uma ocorrência de homicídio decorrente de uma discussão de trânsito. O gari Laudemir de Souza Fernandes foi encontrado ferido e foi socorrido para o Hospital Santa Rita, em Contagem, onde o óbito foi constatado.

 

Continua depois da publicidade
Propaganda
Advertisement