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CIDADES

Na Amazônia, 7 em cada 10 vítimas de violência têm 14 anos

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Um recente relatório divulgado revelou uma realidade alarmante: as mulheres que vivem na região da Amazônia Legal são mais propensas a serem vítimas de violência sexual e homicídios do que em outras partes do país. De acordo com o estudo intitulado “A violência contra mulheres na Amazônia Legal nos últimos cinco anos em comparação com o restante do país”, sete em cada dez vítimas são meninas com até 14 anos de idade.

O relatório analisou dados de cinco anos, de 2019 a 2023, e revelou que, enquanto o homicídio doloso de mulheres teve uma queda de apenas 2% na Amazônia Legal, o restante do Brasil apresentou uma redução de 12%. Por outro lado, a violência não letal, que engloba agressões físicas, sexuais, psicológicas e patrimoniais, aumentou assustadores 47% na região, em comparação com 12% em outros estados do país.

A violência patrimonial contra mulheres também teve um aumento significativo, chegando a 62% na Amazônia Legal, enquanto no restante do país o crescimento foi de 51%. Além disso, a violência psicológica teve um salto de 82% na região, em contraste com 14% no restante do país. Os casos de violência política também cresceram assustadoramente, com um aumento de 142% nos últimos cinco anos. O Amazonas foi o estado com o maior número de casos reportados, seguido pelo Pará.

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Os dados revelam ainda um crescimento de 37% nos casos de violência física na Amazônia Legal, enquanto no restante do país esse aumento foi de apenas 3%. Esses números preocupantes evidenciam a urgência de ações efetivas para combater essa realidade perturbadora.

A Amazônia Legal, de acordo com o IBGE, é dividida em duas partes: a Amazônia Ocidental, composta pelos estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima, e a Amazônia Oriental, composta pelos estados do Pará, Maranhão, Amapá, Tocantins e Mato Grosso.

O relatório foi elaborado a partir do cruzamento de dados de sistemas de saúde e segurança de estados e municípios, além de informações de organizações não governamentais, como a Comissão Pastoral da Terra (CPT) e o Projeto ACLED.

Esses dados nos mostram que é urgente a implementação de políticas públicas efetivas para proteger as mulheres na região da Amazônia Legal e combater a violência de gênero. É necessário um esforço conjunto da sociedade civil, governos e organizações para garantir a segurança e o bem-estar das mulheres amazônicas.

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