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CIDADES

“Não me arrependo”, diz agente da PF demitido por atuar como coach

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Material cedido ao Metrópoles

“Não me arrependo de nada. Sempre acreditamos no nosso trabalho, com transparência e honestidade.” O relato é de Pedro Henrique Cooke de Alencar Lins (foto em destaque), 32 anos, um dos agentes da Polícia Federal que foi demitido por infrações disciplinares relacionadas à atuação em magistério e administração de empresas.

Pedro foi desligado da corporação junto com Bruno Horn, de 37 anos, conforme publicação no Diário Oficial da União de 11 de dezembro de 2025.

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O ex-agente contou ao Metrópoles que ingressou na PF em 2018 e atuou em diferentes setores da instituição, como a Delegacia de Repressão a Entorpecentes, o Grupo de Pronto Intervenção e a Delegacia de Combate à Corrupção e Crimes Financeiros em São Paulo.

Segundo ele, a demissão não apaga a experiência acumulada como policial nem como mentor de candidatos.

“Não me arrependo de nada. Sempre acreditamos no nosso trabalho, com transparência e honestidade”, disse.

De acordo com Cooke, a ideia de atuar como coach surgiu durante sua própria preparação para concursos públicos, período em que passou cerca de um ano e meio estudando praticamente do zero e se aprofundando em metodologias de estudo e no funcionamento do cérebro.

Foi nesse contexto que conheceu Bruno, que se destacou como segundo colocado nacional em outro concurso e também aplicava técnicas avançadas de aprendizagem.

A partir disso, os dois passaram a ministrar aulas totalmente on-line voltadas a metodologia de estudo, técnicas de aprendizagem e orientação pedagógica para candidatos aos concursos da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal.

“Nosso papel fático era ligar a câmera e ministrar aula para um grupo de alunos. Algumas aulas eram ao vivo, outras gravadas. Todo o restante da administração do curso era feito por outros sócios”, explicou.

No entanto, segundo a PF, tal atuação contraria as regras para ser servidor do quadro da instituição.

Processo de demissão

Apesar da demissão, Cooke mantém confiança na legalidade de sua atuação e estuda os próximos passos com advogados a fim de retomar o cargo judicialmente.

“Na questão do mérito, a gente conseguiria, sem problema nenhum, provavelmente por conta de todas as autorizações, provas testemunhais e documentais que não foram analisadas”, afirmou.

Cooke reforça que toda a atividade sempre foi feita com autorização da corporação e entendida como magistério. “Nunca tivemos problemas com o órgão. Entretanto, de uma hora para outra, passaram a considerar que não era mais magistério. O mais curioso é que, durante o processo disciplinar, nossa autorização foi renovada”, disse.

Procurada pela reportagem, a Polícia Federal informou que não se manifestaria sobre o caso.

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