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No interior do Acre, indígenas são acusados de envenenar e matar peixes no rio Breu
Indígenas do Acre estão sendo alvo de acusações de envenenamento e mortes de peixes no rio Breu, no município de Marechal Thaumaturgo. Segundo o jornal Amazônia Real, os indígenas do povo Huni Kuin estão sendo responsabilizados pela mortandade de peixes ocorrida recentemente. No entanto, a liderança Fernando Huni Kuin nega as acusações, afirmando que eles valorizam sua cultura e jamais colocariam veneno no rio que sempre preservaram. De acordo com ele, a morte dos peixes é resultado da quentura do rio.
Além das acusações infundadas, os indígenas também enfrentam dificuldades causadas pela seca severa na região. Além da morte dos peixes, essenciais para sua alimentação, eles também perderam plantações de melancia, amendoim e milho.
O governo do Estado enviou uma equipe técnica para investigar o caso. Coordenada pela Secretaria de Meio Ambiente e pelo Instituto de Meio Ambiente, a equipe está realizando o monitoramento da qualidade da água e a análise de amostras para emitir laudos e uma nota técnica em até 15 dias.
É importante ressaltar que até o momento não há evidências que comprovem a ligação entre os indígenas e as mortes dos peixes. No entanto, é necessário investigar minuciosamente para esclarecer a situação e evitar injustiças.
Além disso, em outro município acreano, Manoel Urbano, no Rio Purus, centenas de arraias também foram encontradas mortas. As autoridades acreditam que as altas temperaturas registradas nos últimos dias possam estar relacionadas a esse ocorrido. Diante do cenário de extrema seca vivenciado no Acre, o governador Gladson Cameli decretou situação de emergência.