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Onda de calor puxa consumo de energia a níveis recordes para setembro
A onda de calor que atinge o Brasil está provocando um consumo recorde de energia para o mês de setembro, segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), órgão responsável pelo controle da operação das instalações de energia elétrica no país.
Dos dias 9 a 15 de setembro, segunda semana do mês, a carga total do Sistema Interligado Nacional (SIN) chegou a 73,5 mil MW (megawatts), um recorde semanal para setembro. Até então, o maior valor de uma semana de setembro havia sido registrado em 2021, com 71.326 MW.
E a tendência é que esse recorde semanal seja batido até o fim do mês. Somente nesse sábado (23/9), quando alguns estados registraram temperaturas máximas acima de 40 ºC, a carga total registrada pelo ONS no país foi de 81.546 MW médios.
O ONS estima um aumento de 5,8% do consumo de energia em setembro, a maior projeção dos últimos meses. O aumento mais expressivo é no Norte, com 10,6% de crescimento, comparado com o mesmo mês do ano passado. Na região, a situação é relacionada também à retomada da atividade econômica.
No Sudeste e no Centro-Oeste, a perspectiva é de um aumento de 6,1%, seguido pelo Nordeste (4,2%) e pelo Sul (3,8%). Os percentuais comparam os resultados para o final de setembro de 2023, ante o mesmo período do ano passado.
“A previsão de crescimento da carga para setembro é a maior dos últimos meses, reflexo do calor mais intenso e também de uma economia mais aquecida. Em termos de operação e atendimento da demanda seguimos preparados para atender a sociedade brasileira. O sistema é robusto, seguro e o cenário é favorável”, afirma o diretor-geral do ONS, Luiz Carlos Ciocchi.
O nível de energia disponível produzida pelos reservatórios está acima de 70% em três dos quatro submercados do sistema elétrico, segundo o ONS. A região Sul é a que tem mais energia armazenada (85,%), seguida pelas regiões Norte (73,7%), Sudeste/Centro-Oeste (72,6%) e Nordeste (67,2%).
“O período tipicamente seco está próximo do encerramento, o que torna os resultados mais relevantes”, explica o órgão.