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CIDADES

Pandemia reduz tráfego no feriadão, mas comportamento eleva possibilidade de acidentes

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É sempre melhor prevenir do que remediar, diz uma máxima popular. E em se tratando de trânsito não é diferente. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) orienta sobre a necessidade de respeitar as leis de trânsito e ter responsabilidade com a vida para evitar acidentes, que geralmente aumentam em feriados prolongados.

Com o cancelamento das festividades em algumas cidades, devido à pandemia de Covid-19, estima-se haver uma redução da frota de veículos nas rodovias, mas isso não significa que os sinistros tendem a diminuir. Menos carros acarretam comportamentos de risco, como o aumento da velocidade. Com as vias menos obstruídas, muitos motoristas dirigem em alta velocidade, aumentando os riscos de sinistros.

Apenas como exemplo, em 2017, o número de sinistros no carnaval foi maior cerca de 24% na comparação com o mesmo período do ano anterior segundo a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (ABRAMET). As causas de sinistros são variadas, mas quase sempre há o fator humano como principal motivo. A ABRAMET afirma que o hábito de beber e, em seguida, dirigir, é o segundo maior causador de sinistros no País.

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Segundo o médico especialista em segurança no trânsito, Alysson Coimbra, Diretor Científico da Associação Mineira de Medicina de Tráfego (AMMETRA), “o uso de substâncias psicoativas por motoristas como drogas depressoras, estimuladoras e alucinógenas promovem efeitos no sistema nervoso central que interferem diretamente na capacidade de conduzir veículos. Elas reduzem os reflexos, o raciocínio e o processamento das informações e, ainda, aumentam o tempo de reação diante de imprevistos”.

Coimbra salienta que em feriados prolongados os condutores devem redobrar sua atenção. “É indispensável obedecer às leis de trânsito, respeitar o limite de velocidade estipulado pela via, não fazer ultrapassagens em locais proibidos e reduzir a velocidade em caso de chuva”.

Os condutores devem ainda estar em plenas condições de dirigir. “Para viagens longas, é preciso que o motorista tenha uma boa noite de sono e esteja descansado. Não indico a quem tenha começado uso de medicamento recente dirigir, já que remédios podem interferir diretamente na capacidade de concentração e reação”, explica Coimbra. O médico também alerta que diabéticos devem sempre levar um alimento para evitar hipoglicemia, mesmo em viagens curtas. “Se houver uma interrupção no fluxo do trânsito, o motorista tem que estar preparado para evitar essas crises, que interferem na sua capacidade de dirigir com segurança”, afirma.

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