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CIDADES

PF prende ex-presidente do INSS em nova fase de operação sobre desvios em aposentadorias

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Alessandro Stefanutto estava no INSS havia 25 anos; ele foi exonerado do cargo de presidente após o novo escândalo do órgão, que veio à tona na quarta-feira, 23 Foto: INSS/Divulgação / Estadão

A Polícia Federal (PF) prendeu o ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) Alessandro Stefanutto na manhã desta quinta-feira, 13, em uma nova fase da Operação Sem Desconto, que apura um esquema nacional de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões.

Stefanutto é investigado por suspeita de ter permitido os desvios sob sua gestão. O Terra ainda tenta contato com a defesa dele. À CNN, a defesa de Stefanutto chamou a ação da PF de “ilegal” e disse que não teve acesso ao teor da decisão que decretou a prisão.

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“Stefanutto não tem causado nenhum tipo de embaraço à apuração, colaborando desde o início com o trabalho de investigação”, diz a nota enviada à emissora.

A nova fase da operação, deflagrada nesta quinta pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pela PF, investiga crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, constituição de organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, além de atos de ocultação e dilapidação patrimonial.

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Segundo a PF, foram cumpridos 63 mandados de busca e apreensão, 10 mandados de prisão preventiva e outras medidas cautelares diversas de prisão nos estados do Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e no Distrito Federal.

Fraudes no INSS

Com sua primeira fase deflagrada em abril deste ano, a Operação Sem Desconto mostrou que entre 2019 e 2024 integrantes do instituto e associações desviaram até R$ 6,3 bilhões em recursos de aposentados e pensionistas por meio da folha de pagamento. Os descontos indevidos das folhas de pagamento dos beneficiários ocorreram no período que envolve tanto o governo de Jair Bolsonaro (PL) quanto o de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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As vítimas da fraude tiveram descontos não autorizados em seus benefícios. Documentos da PF, da CGU e do Ministério Público Federal (MPF) apontam que o esquema de descontos indevidos envolveu pagamento de propina a servidores, uso de associações de fachada e lobistas.

Segundo a PF, ex-diretores e pessoas relacionadas a eles receberam, ao todo, mais de R$ 17 milhões em transferências de indivíduos apontados como intermediários das associações.

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Depois de se tornar alvo da PF, Alessandro Stefanutto pediu demissão do cargo em 23 de abril.

 

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