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CIDADES

Polícia diz que já identificou cerca de 80 corpos da operação mais letal do RJ

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Trabalhos no IML para identificar mortos em operação seguem 'em celeridade' nesta quinta, diz Polícia Civil Foto: Reprodução/TV Globo

Cerca de 80 corpos de suspeitos mortos durante a Operação Contenção, no Rio de Janeiro, já passaram por exame de necropsia e parte deles foi liberada para a retirada pelas famílias. A informação foi confirmada ao Terra nesta quinta-feira, 30, pela Polícia Civil.

O esquema especial no Instituto Médico Legal (IML) Afrânio Peixoto, no Centro do Rio, está em andamento, disse o órgão. “O trabalho segue com celeridade, a fim de concluir os exames”.

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Neste período, o atendimento às famílias está ocorrendo no posto do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), que fica próximo à unidade. Os corpos não relacionados com a operação estão sendo temporariamente encaminhados ao IML de Niterói.

A operação nos complexos de favelas do Alemão e da Penha, na zona norte, deixou ao menos 121 mortos, sendo 117 suspeitos e quatro policiais, de acordo com o governo estadual.

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Para a ação, o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) utilizou a estratégia de levar os criminosos até uma área de mata, no topo da montanha da Serra da Misericórdia, que divide os dois complexos, no que foi chamado de ‘Muro do Bope’.

Com corpos sendo retirados por moradores ainda nesta quarta-feira, 29, a Defensoria Pública do Estado contabilizou 132 mortos na operação.

De acordo com levantamento do Grupo de Estudos dos Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (Geni-UFF), a operação é a mais letal da história do Rio e superou a chacina policial no Jacarezinho (Zona Norte) em maio de 2021, quando 28 pessoas foram mortas em conflito com as forças do Estado – contando o óbito de um policial.

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Após comemorar o que chamou de “sucesso” da operação, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), usou as redes sociais para compartilhar imagens que, segundo ele, mostrariam “claramente a manipulação de corpos depois dos confrontos” entre policiais e criminosos durante a megaoperação realizada nos complexos do Alemão e da Penha nesta terça-feira, 28.

Perícias paralelas à feita pelo estado do RJ

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O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que colocaria à disposição peritos criminais e médicos legistas da Força Nacional, da Polícia Federal e de outras polícias estaduais, além do banco de dados da Polícia Federal, para identificar se os mortos tinham ligação com organizações criminosas.

A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro enviou equipes para atuação no IML do Rio para ajudar na identificação dos corpos das vítimas.

O Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública do Ministério Público Estadual do Rio (MPRJ) anunciou que uma perícia independente à realizada pelo estado também será feita nos mortos durante a ação policial.

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O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) enviou uma equipe do Conselho Nacional de Direitos Humanos (CNDH) para realizar as primeiras escutas e coletar informações diretamente com familiares, organizações de direitos humanos e autoridades locais.

 

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