Prefeito de Palmas recebe alta após infarto, mas permanece em prisão domiciliar

Eduardo Siqueira Campos, prefeito afastado de Palmas, recebeu alta hospitalar na sexta-feira (11) após sofrer um infarto e passar por uma angioplastia bem-sucedida no Hospital Geral de Palmas (HGP). A internação de três dias se deu após o prefeito sentir fortes dores no peito na madrugada de terça-feira (8), enquanto cumpria prisão preventiva no Quartel do Comando Geral (QCG).

A prisão preventiva, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), é decorrente de um inquérito que investiga suposto vazamento de informações sigilosas do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Apesar da alta médica, confirmada por boletim assinado pelo cardiologista Andrés Sánchez, Campos continuará cumprindo sua pena em prisão domiciliar.

A decisão de conceder a prisão domiciliar foi tomada pelo ministro Cristiano Zanin, relator do caso no STF, na terça-feira (9), baseada em laudos médicos apresentados antes mesmo da internação do prefeito. A Procuradoria-Geral da República se manifestou favoravelmente à medida.

Embora em casa, Campos permanece sujeito a medidas cautelares impostas pelo STF: afastamento do cargo público, proibição de contato com outros investigados e impedimento de deixar o país. O episódio destaca a complexa intersecção entre saúde, política e justiça, com o prefeito agora enfrentando a recuperação e as implicações legais de suas investigações no conforto de sua residência, mas ainda sob a vigilância da lei.