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CIDADES

Promotor do MP-SP era um dos alvos de execução do PCC e teve a rotina vigiada

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Promotor do MP-SP Lincoln Gakiya era um dos alvos de execução do PCC Foto: Reprodução/TV Globo

O promotor do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) Lincoln Gakiya era um dos alvos de assassinato dos planos do Primeiro Comando da Capital (PCC) contra autoridades públicas da região de Presidente Prudente, no interior de São Paulo. Nesta sexta-feira, 24, suspeitos de planejarem ataque são alvos de uma operação da polícia. Agentes cumprem 25 mandados de busca e apreensão em várias cidades do interior paulista.

Gakiya faz parte do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP-SP, e é responsável por várias ações contra facções criminosas que agem no estado de São Paulo. Ele diz que é jurado de morte há anos.

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Segundo o promotor, o plano começou a ser descoberto após a prisão de um integrante do PCC da região de Presidente Prudente por tráfico de drogas. “Quando foram feitas as extrações dos dados dos celulares dele, nós constatamos que havia levantamento da rotina, imagens, dados do Dr. Roberto Medina [coordenador de presídios, também alvo de plano de execução]”, disse em entrevista ao canal Globo News.

Gakiya relatou que as investigações prosseguiram e foram feitas outras prisões e foi constatado que um outro grupo do PCC era responsável por fazer o levantamento da rotina dele desde junho. “Tive minha casa vigiada por drones, havia uma casa próxima ao meu condomínio que foi utilizada como base para monitorar minha rotina. Foram encontrados diversos prints de tela com o trajeto que utilizo para me deslocar para o Ministério Público, em Presidente Prudente, e também rotina, como academia”.

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Ligação com morte de ex-delegado

Conforme Gakiya, as apurações continuam para verificar a extensão do planejamento, mas ele adianta que as imagens da rotina dele foram remetidas ao setor que o PCC denomina de “sintonia restrita” — indivíduos de alta periculosidade que são responsáveis por atentados e resgates.

O promotor também afirma que esse plano pode fazer parte de uma mesma ordem que culminou no assassinato do ex-delegado Ruy Ferraz Fontes, morto em 15 de setembro na cidade de Praia Grande, no litoral paulista.

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“Todas as investigações que foram feitas até agora nos dão indícios de que, certamente, é decorrência do mesmo salve, de uma mesma ordem para atacar o Dr. Ruy, o Dr. Roberto Medina e me matar. Das três autoridades, somente eu estava com proteção de escolta [na época que foi descoberto]. No meu caso, a situação já vem se agravando nos últimos anos. O Dr. Roberto Medina teve a vida salva por essa investigação”, destacou.

 

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