CIDADES
Queimadas em Cruzeiro do Sul: Ministério Público e Polícia intensificam combate e prometem prisões
Em uma ação conjunta que visa combater as queimadas em Cruzeiro do Sul, o Ministério Público e a Polícia Civil anunciaram nesta segunda-feira, 2 de setembro, que pessoas flagradas cometendo esse crime ambiental poderão ser presas. A promotora de Justiça, Manuela Canuto, e o delegado Vinicius Almeida destacaram a gravidade da situação, uma vez que o município ocupa atualmente a terceira posição no Acre em incidência de queimadas, perdendo apenas para Feijó e Rio Branco.
“Estamos enfrentando uma emergência climática. As autorizações para queimadas foram suspensas e qualquer ato dessa natureza será considerado um crime ambiental. Os infratores podem enfrentar penalidades severas, incluindo reclusão, multas e responsabilização civil”, alertou Manuela. A promotora enfatizou a importância da campanha lançada para conscientizar a população sobre os danos causados pelas queimadas, que não afetam apenas o meio ambiente, mas também a saúde pública.
O delegado Vinicius Almeida reforçou que as queimadas são tratadas com seriedade pela lei, podendo resultar em penas de um a quatro anos de prisão. “Estamos mobilizando várias instituições para coibir essa prática. Intensificaremos as fiscalizações na área e aqueles que forem flagrados cometendo queimadas serão levados à delegacia e enfrentarão as consequências legais, incluindo fianças significativas”, afirmou.
O Capitão Odair Nogueira, do 6º Batalhão da Polícia Militar local, incentivou a participação da comunidade na luta contra as queimadas por meio de denúncias anônimas pelo telefone 190. “A identidade do denunciante permanecerá em sigilo, e nossa equipe está pronta para investigar as denúncias tanto na área urbana quanto rural”, explicou.
Na última quinta-feira, 29 de agosto, o Ministério Público do Acre lançou a campanha “Vidas Ameaçadas” em parceria com diversas entidades, como a Polícia Civil, Polícia Militar, IMAC, IBAMA, ICMBio e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. O objetivo é conscientizar os cidadãos sobre os riscos das queimadas e suas implicações legais, promovendo uma ação colaborativa para preservar o meio ambiente e garantir a saúde pública.