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Quilombo Grotão luta contra incêndio devastador no Cerrado Tocantinens; comunidade clama por socorro

Filadélfia, TO – Há cinco dias, a Comunidade Quilombola Grotão, localizada na zona rural de Filadélfia, Tocantins, enfrenta um incêndio de grandes proporções que consome o Cerrado e ameaça o modo de vida de seus moradores. O fogo, que teve início em 1º de setembro, supostamente após a queda de um fio da rede elétrica, segue ativo até este sábado (6), sem que a comunidade receba o apoio necessário dos órgãos competentes.
Segundo relatos dos moradores, o incêndio começou quando uma árvore caiu sobre a rede elétrica que cruza a região. Desde então, outras árvores atingiram os fios, e várias outras correm o risco de cair devido ao avanço das chamas. A comunidade denuncia a falta de podas preventivas por parte da concessionária de energia, que só realiza intervenções emergenciais após acidentes. Essa negligência já causou a morte de animais por eletrocussão e interrupções frequentes no fornecimento de energia.
Apesar da gravidade da situação, a mobilização dos próprios quilombolas tem evitado que casas e plantações sejam destruídas. No entanto, focos de fogo ainda persistem, colocando em risco a saúde das famílias e a preservação do Cerrado, um dos biomas mais importantes do Brasil. Uma das áreas mais afetadas é o “Brejo da Maria Viúva”, fonte de água essencial para o território, que foi devastado pelas chamas, comprometendo a biodiversidade e a segurança hídrica local.
Diante da inércia das autoridades, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) – Regional Araguaia-Tocantins e a Coordenação Estadual das Comunidades Quilombolas do Tocantins (COEQTO) cobram ações imediatas para controlar o incêndio, responsabilizar os responsáveis e adotar medidas preventivas que evitem novos desastres. A comunidade quilombola Grotão clama por socorro e espera que sua voz seja ouvida pelas autoridades competentes.
