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CIDADES

Relatório e missa na Catedral da Sé marcam seis anos do Massacre de Paraisópolis

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Manifestação de familiares de vítimas do Massacre de Paraisópolis em frente do Fórum da Barra Funda, em São Paulo. Foto: Paulo Pinto/AB

Para marcar a data e a continuidade da luta das famílias, os seis anos do chamado Massacre de Paraisópolis, completados em 1 de dezembro, terão missa na catedral da Sé, em São Paulo, e lançamento de mais um relatório do projeto Os 9 que Perdemos, iniciativa que publica estudos científicos sobre repressão aos bailes funk na capital paulista.

Em 1 de dezembro de 2019, nove jovens morreram durante ação da Polícia Militar para reprimir o Baile da DZ7, realizado na favela de Paraisópolis, zona sul de São Paulo. O Ministério Público denunciou 12 policiais militares por homicídio doloso triplamente qualificado. Se forem a júri popular, o julgamento deve ocorrer daqui dois anos.

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O relatório Operação Pancadão: Legalidade, Legitimidade e Eficácia analisa a legislação contra os chamados “pancadões” e cruza dados oficiais de ocorrências criminais e de perturbação de sossego para verificar se existe correlação entre os bailes funk e crimes. O trabalho reúne várias entidades no projeto Os 9 que Perdemos.

Terceiro relatório questiona eficácia da legislação

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O projeto Os 9 que Perdemos é uma parceria entre o Centro de Antropologia e Arqueologia Forense da Universidade Federal de São Paulo (CAAF/Unifesp), o Núcleo Especializado de Cidadania e Direitos Humanos (NECDH) da Defensoria Pública do Estado de São Paulo e o Movimento de Familiares das Vítimas do Massacre em Paraisópolis.

Entre as conclusões do terceiro relatório, está a demonstração de que o aumento de reclamações de barulho em bailes funk é proporcional ao crescimento dos registros de poluição sonora na capital paulista.

O relatório afirma também que “não foi possível identificar, a partir dos dados oficiais relativos às ocorrências criminais, uma correlação entre a realização de operações e a queda de ocorrências”, ou seja, as operações policiais não teriam diminuído os índices de criminalidade.

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Padre Júlio Lancellotti reza missa na Catedral da Sé

Uma missa está marcada na Catedral da Sé para lembrar a morte dos nove jovens no Massacre de Paraisópolis. Pela terceira vez, o padre Júlio Lancellotti realiza a cerimônia religiosa – ele fez o mesmo em 2021 e 2022.

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Quanto ao processo judicial pela morte dos nove jovens, com o fim dos depoimentos dos policiais militares, em novembro, a próxima decisão — sobre a realização ou não de júri popular — pode levar cerca de dois anos, preveem familiares das vítimas e advogados.

O processo deve se arrastar porque defesa e acusação pretendem recorrer da próxima decisão do juiz. Se o magistrado entender que os policiais agiram dentro da lei, os advogados dos familiares das vítimas vão recorrer. A defesa dos policiais pretende fazer o mesmo caso seus clientes sejam mandados a júri popular.

Serviço:

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Missa na Catedral da Sé, com o Padre Júlio Lancellotti, dia 01 de dezembro de 2025, às 17 horas.

Lançamento do relatório Operação Pancadão: Legalidade, Legitimidade e Eficácia no Museu da Língua Portuguesa, Praça da Luz, s/nº, Centro Histórico de São Paulo. Confirmar participação AQUI.

 

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