RJ: Dois sargentos são presos por suspeita de vazar informações ao crime organizado

A Polícia Federal deflagrou nesta segunda-feira, 8, a Operação Tredo, que tem como objetivo desarticular um grupo de agentes de segurança pública que estaria passando informações para facções criminosas do Estado do Rio de Janeiro sobre operações policiais nas comunidades fluminenses.

Nesta manhã, policiais federais cumpriram 11 mandados de prisão temporária e seis mandados de busca e apreensão. As ordens judiciais foram expedidas pela 3ª Vara Especializada em Organização Criminosa do Rio de Janeiro. Até então, dois sargentos da PMERJ foram presos.

Um dos 11 alvos da Operação Tredo já havia sido detido na Operação Contenção, deflagrada no último mês. Na ocasião, foram apreendidos também três veículos e aparelhos celulares dos investigados.

A investigação

As investigações começaram a partir de uma denúncia envolvendo um militar da Marinha do Brasil que, supostamente, estaria fornecendo drones e treinamento para integrantes da facção criminosa. Com as informações obtidas, uma nova investigação foi realizada. Ela identificou que policiais militares repassavam informações às lideranças do crime organizado sobre cercos e operações, com o objetivo de frustrar a atuação da segurança pública e permitir que os criminosos se organizassem contra ações da polícia.

Entre os investigados está um sargento do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), que era responsável pela escalação das equipes que participavam das operações cujas informações eram vazadas. O cumprimento dos mandados visa aprofundar as investigações e à identificação de outros integrantes do crime infiltrados na polícia.

A Operação Tredo recebeu esse nome porque “tredo” significa traidor ou aquele que rompe a confiança.