RS: investimento na infraestrutura de transporte custará até R$ 27 bi

A recuperação da infraestrutura rodoviária do Rio Grande do Sul demandará até R$ 27,28 bilhões em investimentos, após 476 municípios do estado terem sido afetados pela tragédia climática. O cálculo foi feito em estudo da Confederação Nacional do Transporte (CNT).

O informe técnico “Transporte em Foco – Enchentes no Rio Grande do Sul: Quanto será necessário para reconstruir a infraestrutura de transporte rodoviário no estado?” trabalha com dois cenários. O primeiro sugere o reforço da camada de revestimento, e o segundo, a reconstrução total da via, desde a camada do subleito.

A CNT consolidou os principais elementos danificados na infraestrutura rodoviária federal e estadual, além de vias municipais, além de estimar o investimento necessário para a recuperação desses ativos à condição anterior ao desastre, propondo intervenções de engenharia padronizadas pelas entidades nacionais competentes.

Para o primeiro cenário, em que é considerado o reforço da camada de revestimento, é estimado um investimento de R$ 7,39 bilhões nas rodovias federais e estaduais, além de R$ 11,59 bilhões nas vias municipais. O montante total é de R$ 18,98 bilhões.

No cenário com necessidade de intervenção mais robusta, estima-se que o investimento nas rodovias federais e estaduais supere os R$ 15,69 bilhões e, nas vias municipais, passe dos R$ 11,59 bi. Somados os valores, a estimativa de investimento é de R$ 27,28 bilhões.

O informe técnico frisa que a perda “de estoque de ativos rodoviários no estado do Rio Grande do Sul tem impactos expressivos sobre o setor de transporte e logística, comprometendo a competitividade das empresas de todos os setores no estado, assim como a segurança dos usuários das
vias”.

“Neste sentido, a execução das obras no perímetro delimitado por este estudo é urgente e imprescindível para a recuperação do estado”, destaca o documento.

A CNT, entre outras medidas, propõe capacitar os tomadores de decisão do setor de transporte quanto à temática das mudanças climáticas e às medidas de adaptação referentes tanto para a operação quanto para a infraestrutura.