Seca Histórica no Juruá: Crise hídrica ameaça mobilidade e segurança alimentar de cinco cidades acreanas

A seca que assola o Rio Juruá, principal via de acesso e sustento para cinco cidades do interior do Acre, atinge níveis críticos, colocando em risco a mobilidade, a segurança alimentar e a vida da população local. O baixo volume de água, que já se encontra abaixo do nível de alerta máximo em Marechal Thaumaturgo, coloca em xeque a vida de milhares de pessoas.

Marechal Thaumaturgo em situação crítica:

Em Marechal Thaumaturgo, o nível do Rio Juruá chegou a apenas 1,20 metro nesta terça-feira, 27, bem abaixo do nível de alerta máximo de 2,00 metros. O nível de alerta, de 2,50 metros, também foi superado, sinalizando a gravidade da situação.

Cruzeiro do Sul em alerta:

Em Cruzeiro do Sul, a situação ainda não é tão crítica, com o nível do rio em 4,61 metros. No entanto, o nível de alerta máximo de 2,00 metros e o nível de alerta de 2,30 metros, mostram que a seca também coloca a cidade em risco.

Riscos na Ponte do Liberdade:

Na região da Ponte do Liberdade, na divisa entre Cruzeiro do Sul e Tarauacá, o nível do Juruá está em 1,24 metro, abaixo do nível de alerta de 1,30 metro e do nível de alerta máximo de 1 metro. A situação exige atenção e medidas urgentes para evitar o colapso da ponte e garantir o acesso entre as cidades.

Impacto cipal meio de transporte e escoamento da produção, está comprometida, dificultando o acesso a serviços básicos, alimentos e medicamentos.

As autoridades precisam agir com urgência para minimizar os impactos da seca e garantir o bem-estar da população. Ações como o monitoramento constante dos níveis do rio, o desenvolvimento de planos de contingência para garantir o acesso a serviços essenciais e o apoio aos agricultores e comerciantes afetados pela crise são cruciais para evitar uma tragédia humanitária.

A seca no Rio Juruá é um alerta para a necessidade de ações eficazes para a proteção dos recursos hídricos e para a mitigação dos impactos das mudanças climáticas. O desmatamento, a urbanização desenfreada e a falta de planejamento ambiental são fatores que contribuem para a intensificação da seca e colocam em risco o futuro da região.