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Seca no Rio Madeira pode paralisar hidrelétrica de Santo Antônio e ameaça abastecimento na região Norte
A recente declaração da Agência Nacional de Águas e Saneamento (ANA) sobre a “situação crítica” de escassez de recursos hídricos no Rio Madeira tem gerado preocupações quanto ao funcionamento das usinas hidrelétricas da região. Com previsão de prolongamento até 30 de novembro, a falta de chuvas e a baixa vazão no Rio Madeira colocam em risco o abastecimento energético do país.
O Rio Madeira abriga duas das maiores usinas hidrelétricas do Brasil, Jirau e Santo Antônio, responsáveis por cerca de 7% da capacidade de geração elétrica nacional. A usina de Santo Antônio, em particular, enfrenta a iminência de paralisação de suas atividades devido à escassez hídrica.
Além disso, a seca afeta diretamente os rios Purus, Acre e Iaco, fundamentais para a navegação e o abastecimento público nos estados do Acre e Amazonas. Essas regiões também foram classificadas como “situação crítica” pela ANA, evidenciando os impactos abrangentes desse cenário adverso.
A declaração de emergência pela ANA possibilita a implementação de medidas especiais para o uso da água e a operação dos reservatórios, bem como apoia ações emergenciais nos municípios afetados. Ademais, autoriza as entidades reguladoras e empresas de saneamento estaduais a ajustarem as tarifas de distribuição de água como forma de enfrentar essa crise hídrica.
Diante desse contexto desafiador, é fundamental que sejam adotadas estratégias eficazes para mitigar os impactos da seca no Rio Madeira e garantir a segurança energética e hídrica da região norte do país.