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CIDADES

Secas severas na Amazônia deixam centenas de milhares de alunos sem aulas em 2024

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Belém, PA – Dados alarmantes divulgados pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) revelam que as severas secas que atingiram a região amazônica em 2024 resultaram na interrupção das aulas para 436 mil estudantes. A situação, que comprometeu o acesso à educação, foi agravada por danos em embarcações de transporte escolar, isolamento de comunidades e interrupção de serviços essenciais.

De acordo com o Unicef, mais de 1.700 escolas e 760 unidades de saúde na região amazônica foram fechadas ou se tornaram inacessíveis devido ao baixo nível dos rios, evidenciando o impacto devastador das mudanças climáticas na infraestrutura e nos serviços básicos.

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O impacto das mudanças climáticas na infância foi um dos temas centrais dos debates paralelos à COP 30, realizada em Belém. Crianças e adolescentes participaram ativamente de ações simbólicas, clamando por maior proteção ambiental e políticas voltadas à infância.

Além da interrupção das aulas, a seca na Amazônia também provocou escassez de água potável, prejudicou a agricultura e dificultou a navegação, que é essencial para o transporte e escoamento de produtos. As ondas de calor intensas durante o verão amazônico agravaram ainda mais a situação, com muitas escolas enfrentando problemas de ventilação e climatização, o que prejudica o ensino e a aprendizagem.

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O estudo “Aprendizagem Interrompida: Panorama Global das Interrupções Escolares Relacionadas ao Clima em 2024”, do Unicef, revela que 242 milhões de crianças e adolescentes em todo o mundo tiveram suas aulas interrompidas por emergências climáticas em 2024.

O levantamento do Unicef também aponta dados preocupantes sobre o Brasil:

-1,17 milhão de estudantes ficaram sem aulas por eventos climáticos em 2024.

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-A média de dias letivos perdidos dobrou, passando de 5 em 2023 para 10 em 2024.

-77% das escolas não possuem plano de emergência.

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-90% nunca realizaram simulações de risco.

-57,6% dos alunos do ensino médio estudam em áreas com baixa resiliência a enchentes.

-8 milhões de estudantes frequentam escolas vulneráveis à seca.

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Diante desse cenário, torna-se urgente a implementação de medidas de adaptação e mitigação das mudanças climáticas, bem como a criação de planos de emergência nas escolas e o investimento em infraestrutura resiliente, a fim de garantir o direito à educação e proteger as crianças e adolescentes dos impactos dos eventos climáticos extremos.

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