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CIDADES

Secretário diz que vai apurar fraude processual por remoção de corpos após operação no Rio: ‘Serão responsabilizados’

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O secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, defendeu nesta quarta-feira, 29, a megaoperação que resultou em mais de uma centena de mortes nos complexos do Alemão e da Penha Foto: Catarina Carvalho/Terra

Os moradores que participaram da remoção dos corpos na área de mata do Complexo da Penha serão investigados por fraude processual. A informação foi confirmada pelo secretário da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Felipe Curi, em coletiva nesta quarta-feira, 29. Após a megaoperação contra o Comando Vermelho, mais de 70 corpos foram levados à praça São Lucas por pessoas da vizinhança.

Imagens que rodaram o País mostram moradores e familiares cercando os corpos de pessoas mortas no Complexo da Penha. Segundo o secretário, alguns desses registros ajudariam a apurar a conduta de moradores que, de acordo com ele, removeram evidências.

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“Temos imagens de pessoas retirando as roupas dos marginais e colocando em via pública. Essas pessoas serão responsabilizadas”, declarou, referindo-se à investigação por fraude processual. Ainda segundo Curi, outros 58 corpos foram retirados pela polícia.

O secretário foi firme ao afirmar que os corpos levados à praça seriam de suspeitos que usavam ‘roupas táticas’ durante o confronto.

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“Parece ter ocorrido uma espécie de ‘milagre’ com os corpos que estão aparecendo hoje. Esses indivíduos estavam na mata, equipados com roupas camufladas, coletes e armamentos”, detalhou.

“Agora, muitos deles surgem apenas de cueca ou short, sem qualquer equipamento, como se tivessem atravessado um portal e trocado de roupa. Temos imagens que mostram pessoas retirando esses criminosos da mata e os colocando em vias públicas, despindo-os. A 22ª Delegacia de Polícia instaurou um inquérito para investigar possível fraude processual”, completou.

O secretário de Segurança Pública, Victor Santos, também explicou que os corpos levados por moradores à praça São Lucas durante a madrugada não eram de conhecimento da polícia. Por isso, as autoridades não auxiliaram na retirada.

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“Naquela ocasião, é impossível fazer algo que não seja preservar sua vida. A polícia não tinha sequer ciência da existência deles”, garantiu.

 

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