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CIDADES

Sonia Guajajara exalta protesto na COP30: ‘ONU precisa escutar e compreender essas vozes’

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Bandeira do Brasil teve o verde e azul substituído pelo preto em protesto Foto: Beatriz Araujo/Terra

Milhares de pessoas se reúnem em Belém neste sábado, 15, para a Marcha Global pelo Clima após  uma semana marcada por tentativas de invasão à área restrita da COP30 e bloqueio da entrada do local pelo povo Mundukuro em busca de reivindicações. Para Sonia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas, o ato coletivo transforma as ruas em Zona Azul neste momento.

“Aqui se encontram os guardiões e guardiãs da floresta”, disse Guajajara, dando abertura ao ato ao lado da ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, por volta das 9 horas. “Chegamos em Belém para dizer que basta vivermos nessa emergência climática. A ONU precisa escutar e compreender essas vozes. Nós, povos indígenas, que sempre estivemos aqui, nos juntamos nesse momento para receber o mundo. Todo o mundo hoje está em Belém ou de olho em Belém”, complementou a ministra.

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Guajajara ainda diz que chegou a vez de não só a Amazônia ser ouvida, mas os povos doCerrado, Mata Atlântica, Pampa, Pantanal e Caatinga “que estão sendo igualmente destruídos”.

“A Marcha Global pelo Clima é organizada pela Cúpula dos Povos e reúne diversas frentes de organizações da sociedade civil. A expectativa é de que o ato reúna cerca de 30 mil pessoas. A saída estava prevista para 8h30, mas às 9h20 o clima seguia de esquenta e organização dos blocos no Mercado de São Brás, região central da capital paraense, onde é a concentração. A Marcha seguirá até a Aldeia Cabana, complexo cultural localizado no bairro Pedreira.

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A marcha tem como foco a luta contra o racismo ambiental e as desigualdades, em torno da crise climática.

Por mais que não faça parte da agenda oficial da ONU para a COP30, o primeiro sábado da Conferência é tradicionalmente conhecido por ser um dia voltado a manifestações organizadas por movimentos sociais, ONGs e organizações da sociedade civil. Marina Silva, em sua fala, frisou a importância desse momento na COP que acontece no Brasil, um país democrático, após uma série de Conferências em países que não possuem liberdade de expressão.

 

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