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CIDADES

Tesoureiro do PCC ganhava até R$ 150 mil por dia com pontos de tráfico, aponta investigação

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Alex Amaro de Oliveira, conhecido como "Barba", é apontado pela Polícia Civil como o responsável pelas finanças do Primeiro Comando da Capital (PCC) Foto: Reprodução/SBT News

Alex Amaro de Oliveira, 40, conhecido como “Barba”, apontado como o responsável pelas finanças do Primeiro Comando da Capital (PCC), lucrava até R$ 150 mil diários com três pontos de venda de drogas que administrava em comunidades na zona sul de São Paulo, segundo a Polícia Civil. Ele foi preso no último dia 25.

Apontado como tesoureiro da facção criminosa, ele foi preso pela 2ª Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (DISE) da DEIC de Santos (SP), com apoio do Grupo de Operações Especiais (GOE). Na operação, também foi detido outro suspeito, identificado como “Irmão Vinícius”, de 33 anos.

Na casa de “Irmão Vinícius”, os investigadores encontraram anotações detalhadas sobre pontos de tráfico na favela da Felicidade, local de origem de “Barba”.

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“Três pontos administrados por “Barba” geravam entre R$ 40 mil e R$ 50 mil por dia cada um”, afirmou ao Terra o delegado Leonardo Rivau. “É por isso que, em poucos meses, ele já tinha carros de luxo e um apartamento no Morumbi”, acrescentou.

Desde que assumiu o cargo de tesoureiro do PCC, Alex Amaro passou a ostentar uma vida de luxo, trocando de carro frequentemente, segundo apontam as investigações.

“Em janeiro, ele estava com uma BMW, depois migrou para uma Range Rover Velar e agora tinha um Tesla”, disse o delegado. Todos os carros valem entre R$ 300 mil e R$ 700 mil.

Além dos veículos, o suspeito residia em um condomínio de alto padrão no Morumbi. Durante a busca no imóvel, os policiais encontraram relógios de luxo, caixas de joalherias e objetos de valor.

“O apartamento era enorme, mas parecia ainda não estar totalmente mobiliado, o que reforça uma ascensão recente”, completou o delegado.

Ele e o comparsa são investigados por tráfico de drogas, associação para o tráfico e promoção de organização criminosa, sendo considerada peça-chave na estrutura da facção na Baixada Santista e na capital paulista.

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Movimentações suspeitas

Segundo o delegado Leonardo Rivau, responsável pelas investigações, o monitoramento dos suspeitos começou no final de 2023, após a identificação de veículos com fundo falso usados para transportar drogas e dinheiro. “Apreendemos quatro carros com fundo falso e mais de 200 quilos de drogas”, afirmou ao Terra.

A ação que levou à prisão dos suspeitos ocorreu após mandados expedidos pela 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores.

Rivau explicou que, durante as investigações, os policiais rastrearam um veículo que encontrou um BMW na capital. “Acreditamos que uma sacola entregue na ocasião continha dinheiro de pontos de tráfico da Baixada Santista”.

O delegado detalhou que “Barba” assumiu o cargo de tesoureiro recentemente, após a morte de Alexsandro Roberto Ferreira, conhecido como Palito, antigo líder financeiro do PCC, em novembro de 2024.

Palito foi morto a tiros em um bar perto da Favela da Felicidade, no Jardim São Luís. Antes de ser morto, uma operação da Polícia Federal revelou um áudio gravado por Palito, em que ele demonstrava ter um plano para matar o ex-juiz Sergio Moro e o promotor de Justiça Lincoln Gakiya.

A operação também apreendeu celulares, notebooks, skunk, maconha e um veículo de luxo. Nos aparelhos, havia registros de movimentações financeiras, compra de armas e até imagens de câmeras clandestinas usadas para monitorar ações policiais em comunidades.

Agora, a polícia analisará os dados dos celulares apreendidos para identificar contas bancárias e outros integrantes do PCC, principalmente do escalão acima de “Barba”. “Queremos chegar ao braço financeiro da facção”, afirmou Rivau.

O Terra tenta localizar a defesa de Alex Amaro de Oliveira.

 

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