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Tragédia aérea: Piloto agrícola perde a vida em Sergipe

A tragédia silenciou o ronco do motor que por décadas marcou o céu. Alexandre de Franco Farias, 52 anos, um piloto agrícola experiente e respeitado, deixou de existir na sexta-feira, 4 de agosto, vítima de um acidente aéreo em Sergipe. Sua trajetória, marcada pela destreza e dedicação à aviação agrícola, terminou de forma abrupta, deixando um vazio imenso para familiares, amigos e colegas de profissão.
Natural de Presidente Prudente (SP), Alexandre dedicou sua vida à pulverização agrícola, construindo uma carreira sólida e respeitada no setor. Há um ano integrava a equipe da R Pilau Serviços, mas sua experiência se estendia por diversas safras, consolidando sua reputação como um profissional altamente qualificado. A distância de casa não o intimidava; durante seus trabalhos na região Nordeste, ele utilizava Maceió (AL) como base, demonstrando sua perseverança e comprometimento com o trabalho.
A notícia da queda da aeronave chocou a todos que o conheciam. A ironia da fatalidade não passou despercebida; em 2016, Alexandre havia sobrevivido a um acidente aéreo em Mato Grosso, quando um pouso forçado resultou no capotamento de sua aeronave. Este episódio, que poderia ter sido fatal, apenas reforça a coragem e a experiência do piloto, que mesmo diante de situações de risco, demonstrava seu profissionalismo e habilidade.
Agora, a dor da perda é incomensurável. A esposa de Alexandre se prepara para o doloroso reconhecimento do corpo, e após os procedimentos legais, o traslado para Presidente Prudente será realizado para o último adeus. O silêncio que agora paira sobre o céu nordestino é interrompido apenas pelo zumbido da investigação da Força Aérea Brasileira (FAB), que busca desvendar as causas da queda, um trabalho árduo que levará tempo, dependendo da complexidade e das evidências encontradas.
A vida de Alexandre de Franco Farias, um homem que dedicou sua vida aos céus, nos deixa uma lição de resiliência e profissionalismo. Sua memória, como a trajetória de sua aeronave, ficará gravada na memória daqueles que o conheceram, lembrando a força e a determinação de um piloto que amava o que fazia. Sua partida prematura é uma perda irreparável para a aviação agrícola brasileira.
