CIDADES
Tragédia em Feijó: Adolescente não resiste a infecção após acidente com catraca de bicicleta

O município de Feijó amanheceu de luto neste sábado, 17 de maio. A morte do adolescente Diogo Albuquerque, vítima de complicações decorrentes de um ferimento aparentemente simples na perna, chocou a comunidade e reacendeu debates sobre a urgência de melhorias no sistema de saúde local.
Diogo machucou-se em uma catraca de bicicleta no último domingo, dia 11, sofrendo um corte profundo no músculo gastrocnêmio da perna direita. Apesar de procurar atendimento médico, a gravidade da situação só se tornou evidente com o passar dos dias. Após idas e vindas ao posto de saúde, Diogo deu entrada no Hospital Geral de Feijó às 8h01, sendo atendido somente às 8h45 e internado em seguida. O que inicialmente parecia um ferimento controlável evoluiu rapidamente para uma infecção grave, acompanhada de febre alta, dores intensas e vômitos.
A gravidade do quadro clínico levou à autorização para transferência do paciente, após a constatação de que os cuidados clínicos estabelecidos não surtiam o efeito desejado. Uma equipe médica da UTI Aérea chegou a Feijó por volta das 11h para transportá-lo para Cruzeiro do Sul. Considerando a complexidade da situação, Diogo foi sedado e entubado, sendo encaminhado para a capital do Juruá às 13h40. Infelizmente, não resistiu.
Em nota oficial ao Portal Ponto Norte, o diretor do hospital, Wirley Moreira Dantas, afirmou que “tudo foi feito conforme o processo interno e que as medidas foram tomadas de acordo com a necessidade do paciente e o encaminhamento médico da equipe multiprofissional”. Entretanto, a tragédia levanta sérias questões sobre a eficiência do atendimento médico prestado, a agilidade do processo de encaminhamento de pacientes graves e a importância da prevenção e do tratamento rápido de infecções, mesmo as que aparentam ser superficiais.
A família de Diogo aguarda os resultados dos exames e laudos médicos para obter esclarecimentos sobre as causas da morte e para avaliar a possibilidade de falhas no atendimento. A dor da perda é imensurável, mas a tragédia serve como um alerta para a necessidade de investimentos e melhorias no sistema de saúde de Feijó, garantindo um atendimento mais ágil e eficaz para todos. A memória de Diogo deve impulsionar mudanças que impeçam que outras famílias sofram a mesma dor.
