Turista argentino morto no Rio fez transações bancárias e pediu empréstimo

A família do turista argentino Alejandro Ainsworth, encontrado morto no Rio de Janeiro esta semana, disse ter achado registros de transações bancárias suspeitas feitas em nome dele. À Agência Argentina de Notícias, Alan, um dos filhos de Alejandro, contou que, às 2h da madrugada de segunda-feira, 8, começaram as transações.

Às 7h, uma foto de Alejandro subiu para o Google Fotos automaticamente. “Na mesma segunda-feira, pedem um empréstimo e, na terça-feira, pedem outro. Finalmente, o celular foi conectado pela última vez na terça-feira, às 21h. Então, isso me levaria a crer que ele foi sequestrado e que estão usando o rosto dele, porque é a única coisa de que precisam: a validação facial, para poder realizar algumas transações”, disse Alan, antes do corpo ser encontrado.

O corpo de Alejandro foi encontrado na própria segunda-feira, mas a sua identidade só foi confirmada na última quinta-feira, 11. Ou seja, algumas das movimentações bancárias teriam ocorrido com ele já morto. Por ser estrangeiro, suas informações não constavam nos bancos de dados do país, o que atrasou a identificação, explicou a Polícia Civil do Rio de Janeiro.

“O corpo não apresentava sinais de morte violenta, e os indícios apontam para a possibilidade de ele ter sido vítima de Boa Noite, Cinderela”, afirmou a polícia, em nota. “Exames periciais vão determinar a causa da morte.”

O golpe do “Boa Noite, Cinderela” ocorre quando são misturadas substâncias químicas em bebidas que deixam turistas dopados para, então, subtrair seus pertences. No mês passado, caso similar ocorreu quando três mulheres tiveram a prisão decretada pela Justiça, acusadas de dopar e roubar dois turistas ingleses, encontrados desorientados na praia de Ipanema após beberem caipirinhas misturadas com produtos químicos.