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Veja quais são as 9 rotas que a VoePass deixará de operar no Brasil
Após o acidente aéreo que deixou 62 mortos em Vinhedo, interior de São Paulo, no último dia 9, a VoePass anunciou, nessa terça-feira (21/8), uma “readequação da malha” e a suspensão de voos diários que atendem nove rotas no Brasil, distribuídas em sete estados.
Em nota, a companhia aérea informou que, “com uma aeronave a menos em sua frota”, a mudança foi necessária e os trechos atuais e futuros serão replanejados. O objetivo da medida, segundo o texto, é garantir uma “melhora significativa na experiência dos passageiros, minimizando eventuais atrasos e cancelamentos”.
Quais são as rotas
Em 9 de agosto, já tinham sido suspensas as rotas Confins (MG), Fortaleza (CE) e Porto Seguro (BA). A partir de 26 de agosto, os destinos afetados serão Salvador (BA), Natal (RN) e Mossoró (RN).
Já em 2 de setembro, a medida vai atingir São José do Rio Preto (SP) – a única rota no estado de São Paulo –, Cascavel (PR) e Rio Verde (GO).
Com isso, os estados mais atingidos pela suspensão de voos diários são Bahia e Rio Grande do Norte, com duas rotas cada.
De acordo com a nota da companhia áerea, os nove destinos “deixarão de receber voos diários até o dia 26 de outubro, quando os trechos atuais e futuros serão replanejados dentro da estratégia da VoePass para a próxima temporada”.
Os passageiros que adquiriram bilhetes no período dos trechos cancelados serão tratados conforme a Resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Na semana passada, a Anac prometeu monitorar serviços prestados pela VoePass. O objetivo, segundo a reguladora, seria intensificar a vigilância para “evitar anormalidades na operação”.
Como foi o acidente
O avião da VoePass, de modelo ATR 72, partiu de Cascavel, no Paraná, com destino ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, quando caiu verticalmente até colidir com o solo no quintal de uma casa em Vinhedo, na tarde do dia 9 de agosto. A aeronave explodiu e pegou fogo. Ninguém no solo se feriu, mas os 62 ocupantes morreram.
Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), o voo transcorria normalmente até 13h20 — um minuto depois, contudo, a aeronave parou de responder às chamadas da torre de controle.
Clima “caótico”
Embora os pilotos também não tenham reportado condições meteorológicas adversas, o Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites (Lapis), da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), apontou que o avião da VoePass enfrentou uma zona meteorológica altamente crítica por nove minutos, pouco antes da queda.
Após combinar imagens de satélites e radar associadas às coordenadas geográficas da rota do voo, o Lapis identificou três possíveis cenários meteorológicos que podem ter contribuído para a queda do avião: turbulência, formação de gelo e ciclone extratropical e fumaça de queimadas.
A aeronave despencou 13 mil pés (4.000 metros) quando faltavam cerca de 20 minutos para chegada ao destino. O avião caiu em um condomínio residencial e pegou fogo.