ECONOMIA
Bolsa chega a maior nível em quase 2 anos com expectativa por corte de juros
O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, fechou em alta de 0,55% no pregão desta terça-feira (25/7), a 122.008 pontos. A pontuação é a maior desde agosto de 2021.
O pregão foi influenciado pelos resultados de inflação no cenário doméstico, que reforçou a possibilidade de queda de juros em agosto, além de altas nas bolsas no exterior. Mais cedo, o Ibovespa chegou a superar os 123 mil pontos, mas perdeu o patamar durante a tarde.
O dólar fechou em alta de 0,35%, a R$ 4,749.
No Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, registrou deflação de 0,07% em julho, de acordo com dados divulgados nesta manhã pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado veio abaixo da expectativa do mercado, cujo consenso era de queda menor, de 0,01%. A desaceleração em frentes como a inflação de serviços também foi bem vista nos mercados.
Também nesta terça-feira, antes do resultado do IPCA-15, casas do mercado financeiro já haviam reduzido sua projeção de inflação para o ano a 4,90% na mediana do boletim Focus, mais perto do teto da meta (de 4,75%).
O cenário da inflação reforçou entre os investidores a perspectiva de que o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) possa iniciar o ciclo de cortes na taxa básica de juros, a Selic, hoje em 13,75%. Na reunião de 1 e 2 de agosto, o mercado espera um corte de, ao menos, 0,25 ponto percentual (p.p.), embora cortes maiores ou manutenção da taxa atual não estejam descartados.
Índices sobem no exterior
No exterior, os principais índices fecharam em alta na terça-feira. O Nasdaq subiu 0,61% e o S&P 500, 0,28%. O Dow Jones ficou praticamente estável, com alta de 0,08%.
Investidores nos Estados Unidos aguardam os balanços das big techs, com algumas das principais companhias de tecnologia divulgando resultados após o fechamento do mercado nesta terça-feira e na quarta-feira (26/7).
As atenções também estão voltadas para a reunião do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA), que definirá a nova taxa de juros no país. A expectativa do mercado é a de que os juros voltem a subir em 0,25 p.p., após a interrupção do ciclo de altas no mês passado. Na outra ponta, a inflação em desaceleração nos EUA pode significar um aperto mais brando por parte do Fed nos meses seguintes.