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ECONOMIA

Dólar recua em meio a otimismo no exterior após dados dos EUA

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O dólar recuava ante o real nesta sexta-feira, em linha com a fraqueza da moeda norte-americana no exterior, à medida que os mercados globais exibem otimismo na última sessão da semana após uma série dados econômicos fortes dos Estados Unidos que afastaram os temores de recessão presentes na semana passada.

Às 9h37, o dólar à vista caía 0,54%, a 5,4548 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento tinha queda de 0,35%, a 5,471 reais na venda

Na quinta-feira, o dólar à vista fechou em alta de 0,28%, cotado a 5,4842 reais.

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Investidores no mundo todo exibiam grande apetite por risco na última sessão desta semana, uma vez que uma bateria de números positivos vindo dos EUA nos últimos dias afastou as preocupações de desaceleração agressiva no país e, ao mesmo tempo, consolidou a perspectiva de um corte de juros do Federal Reserve em sua reunião de setembro.

Na quinta-feira, dados de vendas no varejo e de pedidos iniciais de auxílio-desemprego melhores do que o esperado mostraram sinais de força contínua da economia norte-americana, compensando dados moderados de emprego registrados no início do mês e que haviam preocupado agentes financeiros.

Mais cedo na semana, dados de preços ao produtor e consumidor reforçaram o argumento de que a inflação nos EUA está retornando à meta de 2% do Fed, deixando para trás os números mais fortes do que o esperado do primeiro trimestre.

Dessa forma, investidores continuavam a retomada da busca por ativos de maior risco em diversos mercados de ações e de câmbio, com as ações e moedas sensíveis ao risco se recuperando das quedas brutais do início da semana anterior.

“A perspectiva é de recuperação dos ativos de maior risco devido a indicadores que serviram de suporte para espantar por hora os temores de recessão global”, disse Marcio Riauba, gerente da Mesa de Operações da StoneX Banco de Câmbio.

“E ao mesmo tempo, o conjunto de dados mostra que o ciclo de cortes de juros nos Estados Unidos pode ser iniciado sem que haja necessidade de um corte mais agressivo”, acrescentou.

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Operadores estão precificando totalmente um corte de juros pelo Fed em setembro, com 70% de chance de um corte de 0,25 ponto percentual e 30% de chance de uma redução maior de 0,50 ponto percentual.

Quanto mais o Fed cortar os juros, pior para o dólar, que se torna comparativamente menos atrativo quando os rendimentos dos Treasuries caem.

O dólar se enfraquecia frente a uma série de moedas emergentes, registrando quedas ante o rand sul-africano, o peso chileno e o dólar australiano.

O índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas — caía 0,28%, a 102,750.

Um fator que pode limitar os ganhos do real ao longo desta sessão é o desempenho dos preços de commodities, principalmente o petróleo, uma vez que cresce o pessimismo em torno das perspectivas para a economia da China.

Nesta manhã, o petróleo tipo Brent caía 2,25%, a 79,22 dólares por barril, enquanto o petróleo dos EUA (WTI) recuava 2,49%, a 76,21 dólares o barril.

No cenário nacional, agentes financeiros voltam suas atenções para o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que palestra no evento Barclays Day, promovido pelo Banco Barclays, em São Paulo, às 10h.

Na parte de dados, houve um indicativo ruim para a inflação brasileira. O IGP-10 acelerou e registrou alta de 0,72% em agosto, após avançar 0,45% no mês anterior, em resultado bem acima do esperado por analistas, mostraram dados divulgados nesta sexta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

 

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