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ECONOMIA

Inflação fecha 2024 em 4,83%, acima do teto da meta estabelecida pelo BC

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Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o ano de 2024 acumulado em 4,83%, percentual acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Banco Central. Divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira, 10, o índice que mede a variação de preços em todo o país teve um aumento de 0,52% no mês de dezembro.

Em comparação com o ano anterior, a inflação de 2024 foi 0,21 ponto percentual maior que a de 2023, quando marcou 4,62%. Naquele ano, a meta de inflação estava fixada em 3,25%, com variação de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Ou seja, estava dentro do limite da meta. Já em 2024, a meta de inflação era de 3%, podendo chegar a 4,5%.

Segundo o IBGE, os maiores impactos sobre a inflação no ano passado vieram do grupo Alimentação e Bebidas, que acumulou alta de 7,69% em 12 meses. Além disso, as elevações acumuladas nos preços dos grupos Saúde e cuidados pessoais (6,09%) e Transportes (3,30%) também tiveram impactos significativos sobre o IPCA do ano. Juntos, esses três grupos responderam por cerca de 65% da inflação de 2024.

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Gasolina exerceu o maior impacto individual sobre a inflação de 2024
Entre os 377 subitens que têm seus preços considerados no cálculo do IPCA, a gasolina exerceu o maior impacto individual sobre a inflação de 2024, acumulando alta de 9,71% no ano. Em segundo lugar, veio o subitem Plano de Saúde, que subiu 7,87% em 12 meses. E depois, veio o subitem Refeição fora do domicílio, que acumulou alta de 5,70% em um ano.

Outro subitem em destaque foi o Café moído, que exerceu o quarto maior impacto individual sobre a inflação do ano passado e acumulou alta de 39,60% em 2024.

Por outro lado, subitens com preços mais voláteis, como as Passagens aéreas, ajudaram a puxar o IPCA do ano para baixo, com queda acumulada de 22,20% em 2024. Da mesma forma, o Tomate e a Cebola fecharam o ano acumulando queda de preços (-25,86% e -35,31%, respectivamente).

Para Fernando Gonçalves, gerente do IPCA, “o índice foi puxado pela alta dos itens alimentícios, que sofreram influência de condições climáticas adversas, em vários períodos do ano e em diferentes localidades do país. Além disso, assim como em 2023, a gasolina foi responsável pela maior contribuição no indicador em 2024”.

Inflação por região

Entre as 16 localidades onde o IBGE faz o acompanhamento semanal dos preços, São Luís (6,51%) teve a maior inflação acumulada em 2024, principalmente por causa das altas da gasolina (14,24%) e das carnes (16,01%). Belo Horizonte (5,96%) e Goiânia (5,56%) vieram a seguir.

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Na região metropolitana de São Paulo, que representa 32,28% do IPCA do país, a inflação de 2024 fechou em 5,01%. No Rio de Janeiro, terceiro maior peso no IPCA nacional entre as localidades, a inflação de 2024 ficou em 4,69%.

O menor resultado foi em Porto Alegre (3,57%), sob influência das quedas locais nos preços da cebola (-42,47%), do tomate (-38,58%) e das passagens aéreas (-16,94%).

 

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