ECONOMIA
Inflação volta a cair em Rio Branco, mas acumulado em 2022 continua pesando no bolso dos mais pobres
Indicador oficial da inflação no Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de setembro registrou, mais uma vez, leve deflação em relação ao mês anterior em Rio Branco: -0,09%. O IPCA é medido pelo IBGE e foi divulgado nesta terça-feira (11).
Apesar de três quedas seguidas, a inflação em Rio Branco segue com acumulado de 3,74% em 2022 e de 6,88% em 12 meses. Na capital do Acre, alimentos e bebidas seguem tendência de inflação mas a gasolina, por exemplo, caiu 5,23% em setembro, o que contribuiu muito para a pequena deflação. Os grupos que mais encarecem são os que afetam diretamente as camadas mais pobres da sociedade.
No País, a deflação foi de -0,29%, terceiro mês seguido de deflação. Foi a menor variação para um mês de setembro desde o início da série histórica. No ano, o IPCA acumula alta de 4,09% e, nos últimos 12 meses, de 7,17%, abaixo dos 8,73% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em setembro de 2021, a variação havia sido de 1,16%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, quatro tiveram queda em setembro. Apesar de recuar menos do que no mês anterior (-3,37%), o grupo dos transportes (-1,98%) contribuiu novamente com o impacto negativo mais intenso sobre o IPCA do mês: -0,41 ponto percentual (p.p.). Na sequência vieram comunicação (-2,08%) e Alimentação e bebidas (-0,51%), ambos com -0,11 ponto percentual.
Além disso, o grupo artigos de residência, que havia subido 0,42% em agosto, recuou 0,13% em setembro. No lado das altas, destacam-se os grupos Vestuário (1,77%), com a maior variação positiva do mês, e Despesas pessoais (0,95%), com a maior contribuição positiva (0,10 p.p.). Os demais grupos ficaram entre o 0,12% de Educação e o 0,60% de Habitação.
“Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados de 30 de agosto a 28 de setembro de 2022 (referência) com os preços vigentes de 29 de julho a 29 de agosto de 2022 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília”, diz o IBGE.