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ECONOMIA

Rio Branco acumula 3ª maior inflação do país com gasolina e alimentos disparando

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Os números traduzem o sufoco da população para adquirir alimentos e produtos: em 2021, a inflação de Rio Branco acumula alta de 9,23%, índice que só perde para Curitiba (10,97%) e Vitória (9,58%).

Os dados são do IBGE e foram divulgados nesta quarta-feira (10). Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 29 de setembro e 28 de outubro de 2021 (referência) com os preços vigentes entre 28 de agosto e 28 de setembro de 2021 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

A alta nos Transportes (2,62%) decorre, principalmente, dos preços dos combustíveis (3,21%). A gasolina subiu 3,10% e teve o maior impacto individual sobre o índice do mês (0,19 p.p.). Foi a sexta elevação consecutiva nos preços desse combustível, que acumula altas de 38,29% no ano e de 42,72% nos últimos 12 meses. Além disso, os preços do óleo diesel (5,77%), do etanol (3,54%) e do gás veicular (0,84%) também subiram.

 votou contra
No país, a inflação foi de 1,25%, 0,09 ponto percentual acima da taxa de setembro (1,16%). Foi a maior variação para um mês de outubro desde 2002 (1,31%). No ano, o IPCA acumula alta de 8,24% e, nos últimos 12 meses, de 10,67%, acima dos 10,25% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2020, a variação mensal foi de 0,86%.

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Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em outubro. O maior impacto (0,55 p.p.) e a maior variação (2,62%) vieram dos Transportes, que aceleraram em relação a setembro (1,82%). A segunda maior contribuição (0,24 p.p.) veio de Alimentação e bebidas (1,17%), enquanto a segunda maior variação veio do grupo Vestuário (1,80%). Destacam-se ainda os resultados de Habitação, com alta de 1,04% e 0,17 p.p. de impacto, e Artigos de residência, que variou 1,27%, contribuindo com 0,05 p.p. no índice do mês. Os demais grupos ficaram entre o 0,06% de Educação e o 0,75% de Despesas Pessoais.

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No grupo alimentação e bebidas (1,17%), a alta de 1,32% na alimentação no domicílio deve-se, especialmente, ao tomate (26,01%) e à batata-inglesa (16,01%), que contribuíram com impactos de 0,07 p.p. e 0,03 p.p., respectivamente. Outras contribuições importantes no grupo vieram do café moído (4,57%), do frango em pedaços (4,34%), do queijo (3,06%) e do frango inteiro (2,80%). No lado das quedas, houve recuo nos preços do açaí (-8,64%), do leite longa vida (-1,71%) e do arroz (-1,42%).

A alimentação fora do domicílio passou de 0,59% em setembro para 0,78% em outubro, principalmente por conta do lanche (1,31%), que havia apresentado variação negativa no mês anterior (-0,35%). A refeição (0,74%), por sua vez, desacelerou frente ao resultado de setembro (0,94%).

No segmento Vestuário (1,80%), foram observadas altas em todos os itens pesquisados, com destaque para as roupas femininas (2,26%) e roupas infantis (2,01%). Além disso, as variações das roupas masculinas (1,70%) e dos calçados e acessórios (1,44%) foram superiores às do mês anterior (quando variaram 0,73% e 0,25%, respectivamente).

A alta do grupo Habitação (1,04%) foi influenciada mais uma vez pela energia elétrica (1,16%), embora a variação do item tenha sido menor que a de setembro (6,47%). Em outubro, foi mantida a bandeira Escassez Hídrica, que acrescenta R$ 14,20 na conta de luz a cada 100 kWh consumidos.

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