Adeus ao Dono do SBT: Silvio Santos é enterrado em São Paulo em cerimônia íntima e simples

Na manhã deste domingo, 18 de agosto, familiares e amigos se reuniram para prestar suas últimas homenagens a Silvio Santos, um dos mais icônicos apresentadores da televisão brasileira. O enterro ocorreu no Cemitério Israelita do Butantã, em São Paulo, por volta das 9h20, em uma cerimônia restrita que respeitou os desejos do artista.

O sepultamento, que começou pouco antes das 9h, contou com a presença de suas filhas e de algumas personalidades conhecidas, como o apresentador Celso Portiolli. Silvio havia expressado claramente seu desejo de não ter velório, e assim a cerimônia foi realizada de forma discreta e respeitosa.

O apresentador faleceu na madrugada do dia anterior, às 4h50, em decorrência de uma broncopneumonia provocada pelo vírus da influenza H1N1. Em uma demonstração de amor à sua família e à sua cultura, Silvio foi sepultado ao lado de seu irmão Leonel Abravanel, que faleceu em 1982 devido a um câncer.

De acordo com a tradição judaica, o enterro deve ser realizado sem ostentação. A Congregação Israelita Paulista ressaltou que essa prática tem como objetivo enfatizar a igualdade entre todos os seres humanos na sua morada final. Por essa razão, o sepultamento foi simples e livre de adornos ou flores.

No judaísmo, não há culto aos mortos; os rabinos acreditam que isso pode levar à idolatria. Por essa razão, o local da sepultura de Moisés permanece desconhecido. Além disso, a tradição não permite a exibição do corpo em caixão aberto, considerando isso uma falta de respeito ao falecido. Assim que a morte é confirmada, o corpo é coberto com um lençol.

O ritual funerário judaico inclui o uso de uma mortalha branca e simples para o sepultamento. Antes do enterro, é comum realizar a lavagem do corpo como um ato de purificação e homenagem ao falecido. Segundo as crenças judaicas, é desejável que o sepultamento ocorra o mais rápido possível após a morte—preferencialmente no mesmo dia—exceto durante o Shabat.

A despedida de Silvio Santos não apenas marca o fim de uma era na televisão brasileira, mas também reflete os valores profundos da cultura judaica que ele tanto prezava.