Pesquisar
Close this search box.
RIO BRANCO
Pesquisar
Close this search box.

ENTRETENIMENTO

Brasileira que vota no Globo de Ouro vê comoção por ‘Ainda Estou Aqui’

Publicado em

Filme brasileiro disputa duas categorias no Globo de Ouro Foto: Alile Dara Onawale/Divulgação

Com mais de 3 milhões de espectadores, o filme Ainda Estou Aqui alcançou não só o sucesso nas bilheterias, mas o reconhecimento da crítica especializada nos principais festivais internacionais. Neste domingo, 5, o longa é um dos grandes destaques da 82ª edição do Globo de Ouro, que acontece no icônico Beverly Hilton Hotel, em Los Angeles. Além da nomeação de Melhor Filme em Língua Estrangeira, a protagonista do longa, Fernanda Torres, figura como uma das favoritas ao prêmio de Melhor Atriz em Filme de Drama.

O filme dirigido por Walter Salles, que narra a história de Eunice Paiva e sua luta após o desaparecimento do marido durante a ditadura militar, já acumula diversas indicações e mais de sete prêmios, entre eles o de Melhor Roteiro no Festival de Veneza. De acordo com a jornalista e crítica de cinema e séries, Enoe Lopes Pontes, que integra o corpo de votantes do Globo de Ouro, a comoção em torno de Ainda Estou Aqui tem relação com os aspectos técnicos do filme, valor de produção e consciência de mercado.

A especialista ainda aponta que o investimento contribuiu para o maior alcance e acesso do público ao filme. Lançado em 7 de novembro de 2024 no Brasil, o longa é o primeiro original da Globoplay e foi distribuído pela Sony Pictures. “O que também é importante nesse processo de Ainda Estou Aqui é deixar transparente, nítido, que a maior questão do cinema brasileiro é o investimento. Se o filme tem investimento, olha onde ele pode chegar”, diz.

Continua depois da publicidade

Antes da indicação do brasileiro ser divulgada –em 9 de dezembro–, Pontes pontuou que Ainda Estou Aqui se tratava de um ‘poderoso exercício de direção’ e um filme com chances reais em premiações’, escreveu em sua coluna no site Aratu On. Ainda segundo o texto, o longa dá continuidade a um cinema que expõe um passado do Brasil que não deve ser esquecido.

No Globo de Ouro, o filme disputa ao lado de outras cinco produções premiadas: “Emília Perez” (França), de Jacques Audiard; “Tudo que Imaginamos Como Luz” (Índia), de Payal Kapadia; “The Seed Of The Sacred Fig” (Alemanha), de Mohammad Rasoulof; “A Garota da Agulha” (Dinamarca), de Magnus von Horn; e “Vermiglio” (Itália), de Maura Delpero.

Já a atriz Fernanda Torres concorre com outras renomadas atrizes do cinema: Nicole Kidman por “Babygirl”, Angelina Jolie por “Maria Callas”, Kate Winslet por “Lee”, Tilda Swinton por “O Quarto ao Lado” e Pamela Anderson por “The Last Showgirl”.

Polêmicas

Com o destaque para as melhores produções do cinema, da TV e do streaming, o Globo de Ouro abre a temporada de premiações de Hollywood. Nos últimos dois anos, o prêmio passou por mudanças estruturais após polêmicas sobre falta de representatividade e até acusações de suborno e racismo. Por conta disso, a cerimônia chegou a ser cancelada em 2022.

No ano seguinte, o Globo de Ouro foi vendido para a Dick Clark Productions e Eldridge. A partir desse momento, a Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA), que organizava o prêmio desde 1944, foi dissolvida. Outra mudança foi referente ao aumento da quantidade dos membros votantes e maior foco na diversidade de gênero, etnia e nacionalidade. Com isso, o Globo de Ouro passou de 90 para mais de 300 integrantes no corpo de votação.

Continua depois da publicidade

Integrante do corpo de votação há dois anos, Pontes afirma que as mudanças dentro da organização do prêmio são importantes para potencialização e valorização do cinema como um todo. “Essa virada é muito bem-vinda e muito frutífera. O Globo de Ouro tem sido cada vez mais inclusivo tanto em questão do corpo de votantes quanto nos resultados. E claro, se os votantes são mais diversos, os resultados também serão”, ressalta.

 

Propaganda
Advertisement
plugins premium WordPress