Chegada de Deolane Bezerra causa revolta e protesto em presídio de Pernambuco

A chegada da influenciadora Deolane Bezerra à Colônia Penal Feminina de Buíque (CPFB), no Agreste de Pernambuco, na última sexta-feira (13), gerou revolta e protesto entre as detentas. A advogada, que foi presa preventivamente pela Polícia Civil de Pernambuco na “Operação Integration”, que investiga lavagem de dinheiro e jogos ilegais da empresa “Esportes da Sorte”, ocupa uma cela individual, enquanto a unidade enfrenta superlotação.

A CPFB, com capacidade para 107 mulheres, atualmente abriga 264 condenadas. A situação precária da unidade, com a superlotação e a falta de recursos, já era um problema antes da chegada de Deolane. A indignação das detentas se intensificou com a concessão de uma cela individual para a influenciadora, enquanto elas próprias enfrentam condições precárias de higiene e convivência.

A revolta das presidiárias, segundo informações do repórter Josival Ricardo, da TV Jornal, gerou comoção na equipe da penitenciária, que resolveu realizar uma pequena reforma externa, como a pintura das paredes da fachada do local.

O repórter também detalhou o cardápio do café da manhã de Deolane: uma banana, um suco e dois copos d’água. A simplicidade da refeição, em contraste com a situação de outras detentas, reforça a percepção de tratamento diferenciado.

A situação da CPFB e a revolta das detentas expõem a fragilidade do sistema prisional brasileiro e a necessidade de investimentos em infraestrutura, recursos e condições dignas de cumprimento de pena. A chegada de Deolane Bezerra, embora não seja a única responsável pelos problemas da unidade, trouxe à tona a desigualdade e a falta de justiça no sistema carcerário.