Despedida de Betão: chuva acompanha cortejo até cemitério em Rio Branco, em momento de luto coletivo

RIO BRANCO (AC) — A chuva caiu forte em Rio Branco nesta segunda-feira (29) ao longo do cortejo fúnebre de Betão, o pecuarista e empresário que marcou a história econômica e social do Acre. O corpo deixou o Ginásio do Sesc no fim da tarde e seguindo para o cemitério Morada da Paz, onde foi sepultado, acompanhado por centenas de veículos e presentes que resistiram ao tempo adverso.

O trânsito foi guiado por equipes do DETRAN, e o ambiente foi dominado por silêncio e emoção: autoridades, empresários, produtores rurais, amigos e parentes ficaram até o último momento para despedir-se de uma das figuras mais influentes do estado. A chuva, ao invés de afastar, tornou a cena ainda mais simbólica de comoção coletiva.

O governador Gladson Cameli havia decretado luto oficial na noite de domingo (28), ao anunciar a morte: “O Acre perde um de seus filhos mais ilustres”, escreveu nas redes, ressaltando que Betão ajudou a construir a identidade produtiva do estado. O velório, que começou às 5h00, contou com a presença de parlamentares que prestaram homenagens.

O senador Márcio Bittar chamou-o de “desbravador” por sua coragem empreendedora, enquanto Alan Rick destacou sua trajetória “marcada pelo trabalho” e impacto regional. A vice-governadora Mailza Assis ressaltou valores de “honra e dedicação”, e o prefeito Tião Bocalom lembrou que ele foi “espelho para quem quer investir e gerar empregos no Acre”.

Na família, o irmão José Tarcísio Medeiros de Moraes sintetizou o sentimento durante o velório: “Betão foi tudo para o Acre”. Já o sobrinho e vereador Bruno Moraes descreveu a despedida como “uma das mais difíceis da minha vida”.

Com o sepultamento, encerra-se um capítulo importante para o Acre — mas o legado do empresário permanece na memória da população que ele ajudou a construir.