ENTRETENIMENTO
Evandro Santo relembra tempo na prostituição: “Era preso e apanhava da polícia”
Antes de alçar à fama com o icônico Christian Pior, Evandro Santo, de 48 anos, teve que lutar para sobreviver em São Paulo. Expulso de casa pela mãe devido à sua sexualidade, ele resolveu construir a vida na capital, mas sem suporte – muitas vezes – ele apelava a métodos pouco convencionais para manter as contas em dia e ter vida social, como a prostituição.
“Era ótimo, [me prostituía] no Parque Trianon, na época eu tinha 15 anos, era o único dos michês que fazia balé, o único que tinha um sonho. A molecada queria ser sustentada por alguém, eu odiava essa ideia, eu fazia meu programa, pagava meu aluguel, ia para a boate e depois para o ensaio”, diz Evandro Santo em entrevista exclusiva ao Terra.
Apesar do glamour empregado na memória, o comediante lembra que, não obstante à prostituição, à vezes ele era detido e levava uma “coça” da polícia. Em 1989, jornais como Estadão e Folha ainda noticiavam casos do tipo, isso porque o Brasil pós-ditadura ainda não tinha desmontado as famosas Delegacias de Repressão a Vadiagem, que eram responsáveis por “limpar e manter a ordem” nas ruas da cidade.
“Era divertido [me prostituir], mas, claro, era preso toda hora, eu apanhava da polícia […] mas naquela época, sendo jovem, gay e sexualizado, não parecia tão ruim. Eram outros tempos e visões de mundo. Hoje, isso é um absurdo”, complementa o comediante.