Frango, água de coco, pastel, cerveja, flores: atores da Globo viraram vendedores

O ator Daniel Erthal colhe os resultados da viralização do novo trabalho: vender cerveja gelada na orla do Rio de Janeiro. Ele reconquistou a fama, ganhou novos clientes e recebeu o apoio de antigos colegas de TV. Só faltam propostas para voltar a alguma emissora, conforme pediu. Ofereceu-se até para entrar no ‘BBB’.

Não é uma exceção. Inúmeros atores precisaram ‘se virar nos 30’ para pagar os boletos. Sem contrato fixo com Globo ou Record, tiveram de desenvolver outra atividade profissional.

Destaque em ‘Malu Mulher’, ‘O Salvador da Pátria’ e ‘Morde e Assopra’, Narjara Turetta pilotava um carrinho de água de coco em Copacabana. Assim pagava o aluguel do apartamento. Hoje, consegue se manter com dublagens e participações eventuais na teledramaturgia.

Em 2008, Maxwell Nascimento estava em papel de destaque em ‘Malhação’. A visibilidade não teve vida longa. Ele precisou deixar o Rio e voltar para a cidade natal, Santos, no litoral paulista. Trabalhou como entregador e pasteleiro na feira. Atualmente, ganha o sustento como motorista em uma empresa.

Ronnie Marruda conheceu o sabor da fama na pele do vilão Cigano de ‘Senhora do Destino’. Ficar à espera de novos convites não era uma opção. Por isso, o ator passou a fazer bolos e assar frangos para vender a conhecidos. Depois, se dedicou à comercialização de produtos antienvelhecimento.

No currículo de Erik Marmo há novelas importantes como ‘Mulheres Apaixonadas’, ‘Alma Gêmea’ e ‘Gabriela’. Em 2014, ele se mudou com a família para Los Angeles. Continua a fazer trabalhos artísticos, mas também atua em outras áreas. Por exemplo, como treinador de futebol e entregador dos arranjos de flores criados por sua mulher.

Fazer vários personagens na Globo, inclusive em ‘Malhação’, não garantiu um contrato longo a Daniel Dalcin. Ao se ver ser sem renda, ele arrumou uma vaga como vendedor em uma loja famosa. Depois, se tornou empreendedor: comanda um restaurante que também faz entrega de frango assado em Copacabana. “É digno trabalhar com outras coisas, e todo mundo que dá a grande virada depois colhe os frutos”, afirma.