Gusttavo Lima volta a tentar parar de fumar; como superar abstinência?

Gusttavo Lima tomou uma atitude essencial para uma vida saudável: parou de fumar charuto. A medida foi adotada duas semanas atrás, segundo revelado pelo cantor ao portal Leo Dias.

De acordo com a publicação, o sertanejo lida com o vício em nicotina há anos. Em 2014, ele chegou a enfrentar um período de abstinência e, em 2016, conseguiu se distanciar do fumo, mas recaiu.

Qual o impacto do fumo de charuto na saúde?

Segundo a médica Michelle Andreata, pneumologista da Saúde no Lar, a prática é tão perigosa quanto o consumo de cigarro. “Pode aumentar as chances de causar câncer de boca e língua, já que a fumaça permanece mais tempo na região, bem como de garganta e esôfago e o de pulmão”, ressalta.

Outro problema citado por ela é a ausência de filtro, o que coloca componentes tóxicos da substância em contato direto com a boca, saliva e, consequentemente, com o organismo.

Quais os sintomas da abstinência de nicotina?

O Ministério da Saúde cita:

ansiedade
irritabilidade
dor de cabeça
dificuldade de concentração
alteração no sono

Como Michelle pontua, a intensidade desses sintomas varia de pessoa para pessoa, considerando o nível de dependência, tempo de consumo da droga e estilo de vida, entre outros fatores. Em meio a isso, vale lembrar que todos os sinais são passageiros.

“Entre dois e quatro meses é que acontece a diminuição total da ansiedade. Depois disso, ela tende a desaparecer”, ressalta a médica.

Como superar a abstinência?

Além de adotar hábitos saudáveis como Gusttavo Lima diz ter feito, a médica recomenda que pessoas em situação semelhante tentem encarar um dia de cada vez. Aos poucos, os progressos serão sentidos, com a respiração mais leve, sem falta de ar.

“O décimo quinto dia é o pico da angústia. É nesse prazo entre 7 e 14 dias que é necessário tratar a ansiedade. Após esse período crítico, há uma melhora substancial na função cardíaca, respiratória e muscular do paciente”.

Outro fator que pode ajudar nesse processo é a existência de uma rede de apoio, com família, amigos e profissionais de saúde para acompanhar o indivíduo que tentar abandonar o vício. Segundo a pneumologista, falar sobre os desafios e medos durante a jornada também funciona.