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ENTRETENIMENTO

Investigado por crimes sexuais, pastor Davi Passamani é preso em Goiás

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A Polícia Civil do Estado de Goiás prendeu o pastor evangélico e fundador da igreja A Casa, Davi Vieira Passamani. O religioso é investigado por crimes sexuais. A prisão foi efetuada pela Delegacia Estadual de Atendimento Especializado à Mulher, no início da noite desta quinta-feira (4/4) em Goiânia (GO).

Ao Metrópoles, o advogado Leandro Silva afirmou que ainda não sabe o motivo da prisão e que o religioso nunca foi condenado por importunação sexual. “O que existe, na verdade, é uma briga, um golpe, para tomar o patrimônio dele”, afirmou a defesa.

O pastor é alvo de acusações por fiéis de importunação sexual. Em um caso, divulgado em dezembro do ano passado, uma mulher denunciou que o pastor ligou para a mulher por chamada de vídeo e mostrou o pênis.

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Três ex-membros da igreja Casa já denunciaram Davi por assédio ou importunação sexual desde o ano de 2020. Ele fez acordo com o Ministério Público em um dos casos e foi condenado a uma indenização de R$ 50 mil em outro. Um terceiro caso é investigado pela Polícia Civil.

Em março, a ex-esposa do pastor o denunciou por violência psicológica, pois ele estaria enviando mensagens insistentes, indo nos locais onde a vítima frequenta e fazendo calúnias contra ela e os atuais líderes da igreja.

Davi está afastado de forma definitiva da Casa desde dezembro e abriu uma nova igreja chamada A Porta. O pastor é conhecido nacionalmente. Ele concorreu ao Grammy Latino 2023 pelo álbum Novo Tempo, da banda Casa Worship, formada dentro da igreja dele. A música desse álbum “A Casa É Sua” teve 90 milhões de streams no Spotify, se tornando a canção gospel mais executada da plataforma no Brasil em 2022.

Ofensa em julgamento

Em julgamento que analisava uma ação para reparação de danos morais movida por uma jovem que denunciou ter sido assediada sexualmente pelo pastor, o desembargador do Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) Silvânio de Alvarenga insinuou que a denunciante de assédio era “sonsa” e reclamou do que chamou de “caça aos homens”. O caso foi revelado pelo Metrópoles.

Durante sua fala, em um primeiro momento, Silvânio reclamou do que chama de “caça aos homens”, o que estaria impedindo o relacionamento entre homens e mulheres.

No mesmo julgamento, o desembargador Jeová Sardinha, que também discordava da vítima no caso, reclamou do que chamou de modismo em relação a denúncias de assédio sexual e racismo.

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“Eu, particularmente, tenho uma preocupação muito séria com o tal do assédio moral – como gênero sexual, como espécie do gênero – e racismo. Então, esses dois temas viraram modismos. Não é à toa, não é brincadeira que estão sendo usados e explorados com muita frequência”, afirmou.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), por meio da Corregedoria Nacional de Justiça, anunciou que avaliará se a atuação dos magistrados afronta a Constituição Federal, a Lei Orgânica da Magistratura Nacional (Loman) e as regras do próprio conselho.

Diante da repercussão do caso, o desembargador Silvânio mudou o voto e se posicionou a favor do líder religioso pagar uma indenização de R$ 50 mil para instituições que acolhem mulheres vítimas de violência.

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