ENTRETENIMENTO
Irmã de Léo Moura tem nova ordem de prisão decretada em outro processo
Detida temporariamente por suspeita de venda de ingressos falsos para um camarote no Carnaval, a irmã de Léo Moura teve nova ordem de prisão decretada pela Justiça do Rio de Janeiro, nesta terça-feira (21).
A determinação de prisão preventiva (sem prazo) ocorreu no processo em que Lívia da Silva Moura é investigada por um suposto golpe na comercialização de entradas para o Rock in Rio, em 2022.
Na decisão, o juiz Bruno Arthur Mazza Vaccari Machado Manfrenatti destacou que Lívia já cumpria prisão domiciliar no caso do festival, quando foi presa temporariamente, na Operação Carnaval, no último 13.
O magistrado citou ainda que a suspeita havia recebido o benefício, que substituía a prisão preventiva, por ser mãe de uma criança, de 8 anos, com deficiência auditiva.
Ainda de acordo com o juiz, ela “sequer se apresentou para a instalar a tornozeleira eletrônica” desde que esteve em prisão domiciliar.
“Conforme consta dos autos, a investigada teve a substituição de sua prisão pela domiciliar, em 14/12/2022, mediante a condição de monitoramento eletrônico. No entanto, transcorrido mais de um ano, a indiciada sequer compareceu ao setor responsável para a instalação da tornozeleira eletrônica. Além disso, há notícias de que a investigada continua, supostamente, atuando na prática da venda fraudulenta de ingressos para grandes eventos, a exemplo de tickets para a Sapucaí, no Carnaval 2024. Nesse sentido, a prisão se mostra extremamente necessária para assegurar a aplicação da lei penal e para a garantia da ordem pública. Também é possível observar o perigo gerado pela liberdade da investigada, diante da reiteração de sua conduta, o que expõe a perigo e, inclusive, efetivamente, lesa a sociedade”, destacou o juiz.
Mais de 10 pessoas denunciaram Lívia
Segundo denúncias de vítimas, a suspeita cobrou cerca de R$ 5 mil para duas pessoas nas entradas para os camarotes do Sambódromo. Os compradores receberam a promessa de que os nomes estariam em uma lista de convidados, o que não ocorreu.
Em outros casos semelhantes, ela foi acusada por torcedores de Flamengo e Grêmio de vender de ingressos falsos para partidas de futebol.
Em 2017, o meia Renato Augusto, que atualmente joga no Fluminense, procurou a delegacia para denunciar a irmã de Léo Moura por um serviço não prestado em um casamento.
Posicionamento da defesa
O advogado Milton Barros, que defende Lívia Moura, considerou a decisão exacerbada, por ter como uma das bases o fato de a acusada não ter colocado tornozeleira eletrônica quando estava em prisão domiciliar.
Segundo Milton, Lívia afirmou ter se dirigido ao local para a colocação do sistema de monitoramento, mas, não foi possível cumprir a determinação na ocasião.
Além disso, o advogado ressaltou que a cliente não pode ficar longe de sua filha menor de idade, que tem um problema sério de surdez profunda.
O advogado disse suspeitar que Lívia possa ser portadora de um transtorno que a leve a cometer, inconscientemente, sempre os mesmos fatos criminais.
“O Transtorno de Personalidade Antissocial é o responsável por isto, e aproveito, inclusive, para que psiquiatras e psicólogos possam entrar em contato comigo para poderem contribuir neste atendimento para que se possa fazer justiça real”, disse ao R7.