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ENTRETENIMENTO

Isabelle Drummond se lança como diretora e explica ausência das novelas: ‘Costumava doer muito assistir’

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Apesar de ter crescido em frente às câmeras, Isabelle Drummond agora se prepara para assumir outro papel. Aos 30 anos, a atriz se tornou responsável pela produção e direção de dois projetos para o cinema. No ar com a protagonista Cida na reprise de Cheias de charme, da TV Globo, ela não descartou voltar às novelas e explicou a mudança na carreira.

Em entrevista ao jornal O Globo, Isabelle contou que decidiu ocupar o espaço por trás das câmeras depois que começou a sentir a necessidade de imprimir sua perspectiva. “Passei a sentir falta, nos trabalhos para os quais fui convidada, de poder acrescentar minha visão de mundo e meu lugar de mulher”, disse.

Apesar disso, a transição não foi fácil. A atriz e agora diretora admite que precisou abrir mão de algumas coisas para assumir esse papel. “Quero dar voz a histórias que me atravessam. Tudo isso toma tempo. Tive que parar um pouco em alguns períodos. Para fazer cinema no Brasil você precisa se dedicar. Filme é como uma empresa”, explicou.

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Os dois projetos encabeçados por Isabelle contam as histórias de mulheres reais. O primeiro remonta a trajetória da carioca Laura Alvim, que transformou sua própria residência em um centro cultural na Zona Sul do Rio de Janeiro. Além da produção, a atriz também deve dar vida à protagonista.

“O filme surgiu de um desejo meu de contar minhas próprias histórias e principalmente as de mulheres que, para mim, são relevantes. Foi uma coisa muito natural. Eu conheci a história da Laura nas minhas voltas em Ipanema, em leituras e estudos para outros projetos. Fiquei muito impressionada com toda a trajetória, com tudo o que ela não pôde viver e com o sacrifício que fez pelo seu sonho”, destacou.

O outro longa-metragem com produção de Isabelle Drummond conta a vida da alemã Miriam Etz, a primeira mulher a usar biquíni no Brasil. Para esse filme, a atriz também assume a direção.

“A ideia é fazer três filmes curtos e transformar num longa. O primeiro deles envolve essa mulher que teve a ideia de fazer o biquíni. Na verdade, era um maiô de duas peças. Depois veio a filha dela [Ira Etz, pintora, escritora e fotógrafa]. Era uma Ipanema muito promissora na época, que veio a ser a Ipanema da Bossa Nova. Tem vários enredos entrelaçados ali, que surgiram dessa história. Este projeto eu produzo e vou dirigir”, argumenta.

Volta à TV

A ‘todo vapor’ como produtora e diretora de cinema, Isabelle também não descarta a volta para a televisão. A última novela feita pela atriz foi Verão 90, exibida pela Globo em 2019.

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“Tudo depende do projeto, do momento. Eu sou uma atriz, eu me movo como atriz também. Depende de as coisas casarem. Não posso dizer que vai ser assim ou assado”, disse, optando por deixar o futuro em aberto.

Ela ainda contou que costumava ser muito dura consigo mesma em seus trabalhos para a TV, a ponto de não conseguir assistir as novelas as quais fazia. Agora, Isabelle garante que não se vê da mesma forma.

“Eu fui bem crítica, mas ultimamente estou ficando mais generosa comigo mesma e com os processos. Hoje em dia sou mais suave, mas não amo assistir às minhas cenas. Gosto de viver aquilo e permitir que saia o que tem que sair naquele momento. Costumava ser bem crítica, costumava doer muito assistir. Hoje em dia fui ficando mais tranquila. Pelo fato de agora eu estar do outro lado [da câmera] e enxergar o ator, o processo tomou uma beleza diferente para mim”, disse a atriz que está no ar na reprise de “Cheias de charme”, na TV Globo.

A artista teve a televisão como ambiente de trabalho antes mesmo de se tornar adulta: Isabelle Drummond cresceu em frente às câmeras e emendou papéis como atriz mirim na TV Globo. Apesar de se familiarizar com os holofotes desde muito nova, ela admitiu que prefere manter a intimidade em segredo.

“Eu gosto de falar sobre arte, sobre meu trabalho. Eu gosto de trocar com as pessoas que querem conhecer mais a arte que estou fazendo e o meu olhar sobre o mundo. Entendo a curiosidade nesse lugar. A curiosidade pessoal já é questão de escolha. Tem gente que abre mais, tem gente que abre menos. Eu abro menos”, afirmou.

 

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