Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.
RIO BRANCO
Pesquisar
Feche esta caixa de pesquisa.

ENTRETENIMENTO

Jornalista do SBT da Bahia suspeito por ‘golpe do Pix’ recebe lembrança da Polícia Civil

Publicado em

Marcelo Castro recebeu uma lembrança do delegado-geral da Polícia Civil da Bahia Foto: Reprodução/Instagram

O jornalista Marcelo Castro, investigado pelo que ficou conhecido como “golpe do Pix”, recebeu uma Moeda Institucional da Polícia Civil da Bahia (PCBA), entregue por um delegado, na última sexta-feira, 11. Castro é alvo de um inquérito sobre doações que eram enviadas à Record Bahia, onde ele trabalhava, e teriam sido desviadas por ele e mais 11 envolvidos. Atualmente, ele está na TV Aratu, afiliada do SBT no Estado.

O momento do recebimento da lembrança foi publicado pelo próprio jornalista em suas redes sociais. “Obrigado a @policiacivilba e ao Delegado Geral André Viana pela homenagem”, escreveu. O presente foi dado a Castro durante o programa Alô, Juca, apresentado por ele na TV Aratu.

Em nota, a Polícia Civil afirmou que a Moeda Institucional “é um ato de cortesia realizado de forma pontual em visitas desta ordem”. O delegado-geral teria entregue a mesma lembrança a todos os gestores e representantes dos veículos de imprensa visitados por ele.

Continua depois da publicidade

Com relação à investigação envolvendo Castro, a PCBA respondeu ao Terra que concluiu o inquérito em dezembro de 2023 e o encaminhou ao Poder Judiciário. Doze pessoas foram indiciadas por crimes de associação criminosa, estelionato e lavagem de dinheiro. O processo corre em segredo de Justiça.

A Polícia Civil complementou já ter pedido a prisão de três acusados de liderar o esquema criminoso, mas não os identificou.

No curso das investigações, que consistiram na quebra de sigilos bancários dos suspeitos e de outros atos investigativos, foram identificados 13 casos, totalizando o valor de mais de R$ 500 mil desviados, representando 75% dos montantes arrecadados para as doações.

Relembre o caso

Marcelo Castro, que foi repórter do Balanço Geral, da TV Record na Bahia, e Jamerson Oliveira, ex-editor-chefe do programa, são suspeitos de desviar R$ 500 mil de doações feitas por telespectadores para pessoas de casos mostrados no jornal.

A suspeita surgiu depois que o programa colocou no ar, em 28 de fevereiro de 2023, a história de Guilherme, de 1 ano, que precisava de remédios para o tratamento de um tumor na barriga e de outro no crânio.

Continua depois da publicidade

Os medicamentos do garoto chegavam a custar R$ 365 mil. Com o canal aberto para doações, o jogador Anderson Talisca ligou para o canal se propondo a bancar a primeira ampola do remédio Qarziba, no valor de R$ 73 mil.

O staff do atleta, porém, notou que a chave Pix passada a eles fora do ar era diferente da mostrada na transmissão. A dupla, então, alertou a direção da emissora sobre o estranhamento.

Após o alerta, uma investigação interna constatou que a chave exibida na TV pertencia a um barbeiro sem qualquer ligação formal com o programa. Além disso, foi notado que, dos R$ 109,5 mil arrecadados com a ajuda dos telespectadores no caso do menino, apenas R$ 40 mil chegaram à família.

De acordo com a Polícia Civil, os outros R$ 69,5 mil teriam sido desviados. Com o curso das investigações, a polícia chegou à conclusão de que houve, ao todo, 13 casos de desvios do tipo.

Procurada para enviar um posicionamento, a defesa de Castro disse que “o processo é sigiloso, e por questões éticas não fornecemos informações do expediente”.

 

Propaganda
Advertisement