ENTRETENIMENTO
Larissa Manoela lamenta diagnóstico, e médica explica: ‘Não tem cura definitiva’

Larissa Manoela (24), que a partir do final de junho estará de volta à TV na novela Êta Mundo Melhor!, continuação de Êta Mundo Bom! (2016), usou sua voz, em setembro de 2022, para falar abertamente sobre a endometriose. A doença atinge mulheres e provoca inflamação e dor na região do útero, além de dificultar a gravidez.
Através de um ultrassom detalhado, eu descobri que, além de endometriose, tenho também ovário policístico. Não é fácil ser mulher. O diagnóstico positivo assusta e, confesso, dá uma desestabilizada. Mas estou certa de que vou encontrar o melhor tratamento para ambas as doenças!”, contou.
Para entender os riscos e desafios que a atriz da Globo enfrentou na luta contra essa condição ginecológica, a CARAS Brasil entrevistou a Dra. Janifer Trizi, dermatologista atuante no Instituto Trizi.
É uma condição inflamatória e crônica, em que o tecido endometrial — camada que reveste o útero internamente — cresce fora do útero, geralmente nos ovários, trompas, intestino, bexiga e até em outras regiões fora da pelve, como pulmão e diafragma”, explica.
De acordo com a médica, os sintomas variam de cólica menstrual intensa a dor durante as relações sexuais. Pacientes diagnosticadas com endometriose costumam relatar uma série de sinais que interferem na qualidade de vida.
“Dor pélvica crônica, alterações intestinais e urinárias durante a menstruação, infertilidade, fadiga, náuseas e distensão abdominal. E há ainda mulheres que não sentem nada, o que dificulta o diagnóstico”, afirma.
Trizi ressalta a importância do acompanhamento da saúde ginecológica para o diagnóstico ou descarte de doenças que afetam essa região do corpo feminino. Apesar de haver tratamento, a endometriose não é um problema com cura definitiva. “Não existe cura definitiva, mas há tratamentos eficazes”, alerta.
Como é feito o tratamento?
A dermatologista explica que a cirurgia é um dos métodos indicados, mas os especialistas só a recomendam quando o tratamento clínico com medicamentos não surte efeito.
“O mais importante é diminuir a predominância estrogênica por meio da administração de progesterona micronizada — bioidêntica — nas dosagens de 100 mg, associada à gestrinona, que é antiestrogênica e tem leve função progestínica; analgésicos e anti-inflamatórios também são associados. Por vezes, a cirurgia ablativa é necessária. E, principalmente, é fundamental a mudança no estilo de vida, com alimentação adequada, prática de exercícios e fisioterapia pélvica. Apoio psicológico também é muito importante”, finaliza.
