ENTRETENIMENTO
Morre Sebastião Salgado, gigante da fotografia mundial

O mundo da fotografia lamenta a perda de Sebastião Salgado, um dos seus maiores expoentes, falecido aos 81 anos em Paris, na França. A notícia de sua morte, na sexta-feira, 23 de maio, causou profunda comoção, especialmente considerando a luta do artista contra sequelas de malária, doença contraída na Indonésia nos anos 90.
Salgado, reconhecido internacionalmente por seu trabalho em preto e branco, dedicou sua vida a documentar a condição humana e as questões ambientais com uma sensibilidade e técnica incomparáveis. Suas imagens, muitas vezes impactantes, mas sempre carregadas de profundo humanismo, nos levam a refletir sobre temas sociais, humanitários e a urgência da preservação ambiental.
Em entrevista ao The Guardian em 2024, o fotógrafo revelou que sua saúde o levou à aposentadoria. Apesar das sequelas da malária que o acompanhavam desde então, Salgado ainda nutria planos de realizar uma exposição especial na COP30, em Belém, no Pará, em novembro deste ano. A Amazônia, tema recorrente em seu trabalho, demonstrava seu profundo comprometimento com a preservação da natureza. Sua declaração, “Eu sei que não viverei muito mais. Mas eu não quero viver muito mais. Eu vivi tanto e vi tantas coisas”, reflete sua profunda sabedoria e a plenitude de uma vida dedicada à arte e à causa humanitária.
A obra de Sebastião Salgado permanece como um legado inestimável, inspirando gerações de fotógrafos e ativistas. Suas imagens continuarão a nos confrontar, a nos emocionar e a nos lembrar da importância da justiça social e da preservação do nosso planeta. Sua ausência será sentida profundamente, mas sua contribuição para a arte e para o mundo será eterna.
