‘Presenteados por Deus’: relembre polêmica de conselheiro agredido em votação de impeachment no Corinthians

A suspensão da votação do impeachment de Augusto Melo da função de presidente do Corinthians foi marcada por polêmicas e confusão na noite de segunda-feira, 21. O conselheiro Sergio Janikian teria, inclusive, sido cercado e agredido nas dependências do Parque São Jorge, segundo informou o repórter Bruno Cassucci, do ge.

Do lado de fora da sede social do Timão, torcedores também se reuniram e protestaram contra a possibilidade de impeachment. “Não vai ter golpe” foi uma das frases mais utilizadas pelos corintianos.

Na reunião, apesar de a votação do impeachment ter sido suspensa, os conselheiros votaram positivamente pela admissibilidade do processo. Nesta etapa, o resultado foi de 126 votos pela continuidade do afastamento contra 114 contrários. Com isso, a discussão será levada para a próxima etapa de votação, ainda sem data definida.

Quem é Sergio Janikian? 

Apesar de não ser um rosto tão familiar para alguns torcedores, Janikian já foi figura importante no futebol do Corinthians. Durante o mandato de Roberto de Andrade, em 2015, o economista ocupou por pouco mais de três meses o posto de diretor de futebol da equipe do Parque São Jorge.

Um dos momentos marcantes de sua gestão no futebol alvinegro aconteceu antes das oitavas de final da Libertadores. Na ocasião, minutos antes do jogo de ida em Assunção, o dirigente considerou o Guaraní, do Paraguai, um presente de Deus no chaveamento do Timão.

“A gente teve a felicidade. Não vamos negar. Fomos presenteados por Deus, vamos dizer assim, com essas oitavas. É um jogo que não é tão complicado, não é nenhum time brasileiro, nenhum grande expoente da Argentina”, disse ao microfone da Fox Sports.

Para azar de Janikian, o resultado do duelo mostrou o contrário. O Corinthians perdeu as duas partidas para os paraguaios e com o placar agregado de 3 a 0 se despediu da competição continental.

O que está acontecendo nos bastidores do Corinthians? 

O encontro convocado por Romeu Tuma Júnior, presidente do Conselho Deliberativo, foi o terceiro da discussão sobre o impeachment. Em dezembro, Augusto Melo conseguiu suspender a votação por meio de uma liminar, derrubada dez dias depois pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

O pedido de afastamento de Augusto Melo acontece por suspeita de irregularidades da atual gestão envolvendo o contrato fechado com a patrocinadora Vai de Bet no início do ano passado.

Caso o impeachment seja confirmado em um próximo encontro, Osmar Stabile, primeiro vice-presidente, assume o posto. Ele, então, teria até cinco dias para convocar a Assembleia Geral dos associados para votação em última instância, e de 30 a 60 dias para marcar a data da votação.