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ENTRETENIMENTO

Procon autua Wepink, empresa de Virginia, por atraso nas entregas e falhas no atendimento

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Virginia é fundadora da WePink, marca de maquiagens Foto: Reprodução/Instagram

A empresa de cosméticos da Virginia Fonseca, Wepink, foi autuada pelo Procon Goiás por descumprir prazos de entrega e falhar na assistência ao consumidor antes e depois da compra. Entre 2024 e 2025, o órgão recebeu cerca de 340 reclamações contra a marca, que incluem atrasos prolongados e falta de entrega dos produtos adquiridos no site.

Segundo o Procon, a Wepink vende cosméticos e perfumes em todo o país, mas não cumpre os prazos informados no momento da compra. Em uma das denúncias, uma consumidora afirmou ter feito um pedido há sete meses e nunca recebido a mercadoria. Após solicitar o cancelamento e o estorno, não obteve retorno da empresa.

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Apesar das queixas, as lives promocionais seguem ocorrendo nas redes sociais, com produtos anunciados a preços reduzidos e links de compra disponibilizados durante as transmissões. Para o superintendente do Procon Goiás, Marco Palmerston, a conduta da empresa fere o Código de Defesa do Consumidor.

“O atraso ou a não entrega de uma mercadoria anunciada configura descumprimento de oferta. E caso isso aconteça, o consumidor tem o direito de exigir outro produto equivalente ou a restituição integral do valor pago, além dos custos de envio e eventuais perdas e danos financeiros”, afirmou. Palmerston também destacou que, após o descumprimento do prazo inicial, a empresa deve definir um novo prazo acordado com o cliente, caso ele ainda queira o produto.

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Em nota ao Terra, a equipe jurídica da Wepink afirmou que recebeu a notificação do Procon “sobre os mesmos fatos que foram devidamente respondidos”.

“Hoje a Wepink não sofre mais com atrasos frequentes, tanto que é nota 8.1 na plataforma Reclame Aqui, contando com um índice de 93% de resolução, coisa que poucas empresas do e-commerce conseguem”. A empresa também contestou o auto de infração, alegando que houve apresentação de defesa, e disse acreditar que “tudo será esclarecido junto ao Procon-GO nos próximos dias”.

MPGO aciona empresa e sócios por práticas abusivas

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Paralelamente, o Ministério Público de Goiás (MPGO), por meio da 70ª Promotoria de Justiça, ajuizou uma ação civil pública com pedido de tutela de urgência contra a Wepink, e seus sócios Virgínia Fonseca, Thiago Stabile e Chaopeng Tan.

A promotoria aponta que a empresa descumpriu oito artigos do Código de Defesa do Consumidor e acumula mais de 90 mil reclamações registradas apenas em 2024 no site Reclame Aqui. O MP sustenta que os sócios confessaram em transmissão ao vivo que venderam produtos sem ter estoque suficiente.

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“A gente tinha 200 mil faturamentos por mês. A gente saltou de 200 mil faturamentos por mês para 400 mil faturamentos por mês”, declarou o sócio Thiago Stabile durante uma live. Ele admitiu: “De fato, tivemos um problema de abastecimento, porque a gente cresceu muito rápido. Algumas vezes, sim [demora], porque algumas matérias primas acabam, porque a gente vende muito”.

Para o promotor Élvio Vicente da Silva, as falas demonstram má-fé contratual e publicidade enganosa, já que a empresa continuou comercializando mesmo sabendo que não teria condições de entregar dentro do prazo prometido de 14 dias úteis.

Entre as práticas abusivas identificadas, estão a falta de entrega dos produtos, resistência em devolver valores pagos, atendimento automatizado ineficaz, remoção de críticas nas redes sociais e venda de cosméticos com defeito.

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O MPGO pede que a Justiça determine a suspensão das lives promocionais até que as pendências sejam regularizadas, além da criação de um canal de atendimento humano com resposta em até 24 horas, mecanismo simplificado de cancelamento e reembolso, e multa diária de R$ 1 mil por descumprimento.

A promotoria também requer indenização por dano moral coletivo de R$ 5 milhões, a ser revertida ao Fundo Estadual de Defesa do Consumidor, e prevê reparação individual aos consumidores lesados.

Segundo Élvio Vicente da Silva, a imagem de Virgínia Fonseca contribui para a vulnerabilidade dos consumidores. “Seduzidos pela confiança depositada em influenciadora de renome nacional, realizaram compras legítimas, mas depararam-se com realidade brutal de total descaso pós-venda”, afirmou o promotor.

 

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